Reencontro de natal [Concluído]

26. Na parede do elevador

Fiquei cismada com o que o Pietro disse no dia anterior sobre me fazer gozar duas vezes, fiquei boa parte da noite pensando se eu daria para ele ou não de novo.

Talvez naquele período do mês que eu fico com muito tesão e precisando dar eu toque a campainha dele, mas no meu normal eu não vou conseguir.

Na manhã seguinte ele pegou o elevador junto comigo e, dessa vez, não estava acompanhado de nenhuma adolescente, ou quase isso, uma vez que eu acho que é crime ficar com uma menor de idade:

- Bom dia, Bri.
- Bom dia.
- Como foi sua noite?
- Dormi bem depois de fazermos as pazes. E a sua?
- Foi razoável.
- Só razoável?
- Preferia ter dormido acompanhado.

É um galinha mesmo, da pior espécie, dei graças a Deus por não ter me permitido cair no papinho dele ontem:

- Não tinha nenhuma novinha na esquina?

Ele deu uma risada e disse:

- Nessa noite eu queria a companhia da novinha que mora no apartamento da frente.
- Ouvi dizer que ela só quer amizade com você.

Ele se aproximou de mim abruptamente, grudando o meu corpo no dele, e sussurrou no meu ouvido:

- Fala pra novinha que promessa é dívida e eu prometi fazê-la gozar duas vezes.

Olhei para ele e senti o seu olhar queimando no meu decote bem discreto, afinal estava indo trabalhar:

- Fala pro modelo que, por hora, a novinha só quer amizade com ele, não é do feitio dela pegar alguém que leva outra para cama na noite seguinte.
- Se ela souber me domar eu fico sendo só dela.
- E se ela não quiser te domar?

Nessa hora ele me encostou na parede do elevador e colocou uma das mãos na minha cintura e a outra no meu seio, por cima da blusa:

- Se ela não quiser eu convenço ela a ficar comigo mesmo assim.

Nós dois ficamos nos encarando, minha respiração estava pesada, então eu senti um arrepio pela minha coluna e as portas se abriram.

Ele desgrudou de mim e saiu andando. Eu fiquei parada como uma retardada, bem encostada na parede do elevador.