Reencontro de natal [Concluído]

49. Festa surpresa

Na semana seguinte eu decidi que era hora de retomar o controle da minha vida. Ficar chorando não ia me levar para frente e a Tai deveria estar pirando por cuidar da empresa sozinha por tanto tempo.

Assim que as portas do elevador se abriram eu suspirei fundo e dei os primeiros passos de volta para a minha rotina.

Porém eu não podia esperar que as luzes iriam se acender abruptamente e os meus funcionários começariam a me aplaudir.

Tomei tamanho susto que deixei cair a minha bolsa no chão e a minha sócia logo apareceu com um bolo na mão:

– Seja bem vinda de volta, Bri.
– Obrigada, Tai.

Ela andou até uma mesa improvisada e tinham salgadinhos, docinhos e ela colocou o bolo no meio:

– Tudo isso é para mim?
– É para a mulher mais forte da face da Terra – respondeu Cecília.

Senti lágrimas brotarem nos meus olhos e eu olhei para todos na minha frente só sentindo gratidão pelo cuidado comigo:

– Discurso! Discurso! Discurso! – todos gritaram em uníssono.

Coloquei a mão no peito e enxuguei algumas das lágrimas teimosas que insistiam em correr pelo meu rosto:

– Pessoal, muito obrigada por terem mantido essa empresa funcionando durante o último mês. Quero agradecer a Tainá por ter controlado esse caos todo enquanto eu estava ficando forte de novo. Quero agradecer a cada funcionário que trabalha aqui, um trem não anda sem o maquinário e cada um de vocês desempenhou um papel fundamental para que essa empresa continuasse caminhando de vento em popa. Vocês são incríveis e agora chega de falar, bora comer e curtir a festa surpresa.

Todos aplaudiram e eu logo fui encher um copo de coca cola e pegar uma coxinha. Ninguém deveria encher a cara de comida tão cedo, mas hoje é um dia especial.