48. O clima

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– A casa que eu cresci?

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– A casa que eu cresci?

Pietro assentiu e eu senti o meu coração apertar tanto que até me doeu o peito.

– Tudo bem... Eu vou comer...

Peguei o garfo e comecei a comer depois de 21 dias, pelos cálculos dele, e ele se sentou ao meu lado na cama e disse:

– Eu sei que ninguém deveria ter que passar por isso, mas a sua irmã e a sua mãe devem estar aflitas vendo que você não reage.

Olhei para ele e disse, com toda a sinceridade do meu coração:

– O mundo lá fora é grande demais.
– Exatamente, e você é tão maravilhosa que vai torná-lo pequeno demais quando explorar todo o seu potencial.
– Meu potencial?
– Seu potencial. Você tem muito e elas querem te ver criando asas.

Larguei o prato na mesinha e abracei o Pietro, que me deu um beijo na testa:

– Bri, você pode tudo, só basta querer e eu tenho certeza que elas estarão intercedendo de lá de cima.

Dei uma risadinha debochada e confessei:

– Deus deve me odiar. Eu xinguei tanto Ele mentalmente.
– Ele não odeia ninguém e compreende a sua revolta. Acha que se ele te odiasse nós teríamos feito as pazes?

Só de pensar em passar por isso sem o Pietro o meu coração já apertou de novo:

– Obrigada por tudo.
– Não precisa agradecer.

Ele se levantou rápido demais quebrando totalmente o clima para um possível beijo:

– Depois de comer você deveria tomar um banho, escovar os dentes e trocar de roupa. Essa daí está quase se tornando a sua segunda pele.
– Farei isso...
– Essa é a Bri que eu conheço!

Ele caminhou até a porta, então falou:

– Eu prometo não quebrar o clima quando você estiver devidamente higienizada.

Dei uma risadinha e respondi:

– E eu prometo aproveitar o momento propício para esquentar o clima quando estiver devidamente higienizada.

– E eu prometo aproveitar o momento propício para esquentar o clima quando estiver devidamente higienizada

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Reencontro de natal [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora