Reencontro de natal [Concluído]

27. Happy hour

Eu e o Pietro não demos certo como um casal e eu acho que se eu me render a sedução dele isso pode estragar tudo de novo.

Fiquei o dia inteiro lembrando de quando ele me prensou no elevador e como foi bom ter o peito dele encostado no meu e sentir a sua respiração tão ofegante quanto a minha.

– Terra pra Brianna.

Tainá gritou na minha frente me puxando para fora daquela lembrança deliciosa:

– Estou aqui.
– Mas não parece...
– Pode falar.
– Nós vamos no Happy Hour do August Bar, quer ir junto?

Peguei a minha bolsa, fechei a minha gaveta e olhei para a minha amiga:

– Vamos.

No caminho todo para o bar as lembranças continuaram voltando na minha cabeça, até tentei ligar o rádio, mas foi em vão.

Assim que entreguei o meu carro para o manobrista eu vi que a música já estava bombando lá dentro e os meus funcionários já estavam me esperando.

Me reuni a eles e nós entramos para o bendito happy hour, eu espero que umas doses me ajudem a esquecer essa bendita lembrança recente.

Na nossa empresa nós gostamos de agir como um verdadeiro time e, como todos são jovens e sem filhos, virou uma tradição desde o primeiro ano um happy hour toda sexta feira.

Assim que me sentei o garçom logo chegou com o cardápio e pedimos uma porção de frango a passarinho, uma porção de provolone a milanesa e cada um pediu a sua bebida.

Eu já pedi logo uma rodada de tequila, muito sal e muito limão. Tainá cutucou o meu braço assim que o garçom saiu:

– Não acha que tá cedo pra beber assim?
– Não acho não.
– Mas você veio dirigindo...
– Eu pego um motorista do aplicativo e vou pra casa.
– Aconteceu alguma coisa que você queira me contar.
– Aconteceu sim, mas não é nada que eu queira te contar.

Eu já sabia que se falasse sobre o ocorrido ela ia começar a me encher o saco falando sobre eu estar apaixonada pelo Pietro e hoje minha paciência não está pra essas coisas.

– Olha quem chegou no bar – ela apontou.
– Quem?
– Teu vizinho querido...