Reencontro de natal [Concluído]

59. Noiada demais para raciocinar

Eu não sei se ignorei o que tinha acontecido por causa do sono ou porque a ideia de ter um filho tem tomado cada vez mais os meus pensamentos, mas o Pietro também não falou nada, só caiu dormindo do meu lado.

Fora que ainda dá tempo de tomar a pílula do dia seguinte e eu sei que vou ter que encarar ele antes mesmo de tomar o café da manhã, afinal o esperma é dele e eu não sou louca a ponto de engravidar dele e só chegar mostrando o teste depois de fingir tomar a pílula do dia seguinte.

Me levantei preguiçosamente e fui praticamente me arrastando para o banheiro, assim que entrei eu já ouvi o barulho do chuveiro e engoli em seco.

– Bom dia – ele gritou de lá de dentro.
– Bom dia, dormiu bem?
– Dormi, e você?
– Caí desmaiada igual uma pedra.

Ele deu uma risadinha e eu sentei na privada, então veio a frase que me arrepiou desde o mindinho do pé até o alto da cabeça:

– Vamos conversar no café da manhã?
– Vamos.

Se fosse uma conversa casual ele não pediria para conversar, fora que eu estou paranóica demais, então logo ele vai perceber que tem alguma coisa errada.

Ele não lê os meus pensamentos e pode muito bem achar que eu estou agindo assim por causa da nova possibilidade de uma gravidez.

Estou tentando sair da nóia quando me vem a lembrança que fui eu que coloquei a camisinha nele.

É isso, ele vai achar que eu fiz de propósito e vai sacar todo o meu plano sem eu precisar abrir a boca. Isso se ele já não sacou, afinal me chamou para conversar.

– Bri, você ainda está aí?

Ele estava só de toalha deixando bem a mostra o seu abdômen bem definido e isso me fez morder o lábio inferior.

Óbvio que ele percebeu o meu tesão porque logo brincou:

– Toma um banho e eu prometo ficar só de toalha pra você tirar da minha cintura.