Fim

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9/10

                                                                            
Rafaella estava parada a porta, seus olhos não acreditavam no que estavam vendo. Os médicos estavam em volta de Bianca e ela ainda estava desacordada.
                     

-Ela começou a ficar agitada mais cedo - Gizelly disse colocando a mão no ombro da garota - Eles.. eles acharam que.. ela não, você sabe.. que ela não iria ma-.
                    

-Não! - Rafaella cortou rapidamente sentindo a garganta doer - Não!
                     

Enfatizou, ela odiava escutar que Bianca não acordaria. Olhou novamente para o quarto e a máquina que monitorava o coração da carioca começou a apitar, primeiro ela viu os batimentos aumentando assustadoramente e depois o bip contínuo fez presença e ela tentou entrar correndo no quarto, mas um enfermeiro a conteve e fechou a porta novamente.
                    

Gizelly estava igualmente assustada ao lado de Rafaella, e quando o desfibrilador foi pego, elas fecharam os olhos juntas, podiam ouvir o barulho daquela máquina e o monitor continuava zero.
                     

-Não, não, não - Rafaella estava grudada no vidro, queria estar lá, queria gritar que Bianca não tinha o direito de deixá-la, mas ela apenas chorou. Sentindo a perna fraca.
                 

-Ela não vai - Gizelly disse tentando soar firme. Falhando.
                   

-Aumenta - gritou o médico - Três, dois, um.
                   

O corpo de Bianca levantou e o bip cessou. Rafaella sentiu o ar saindo do corpo, Gizelly a abraçou chorando e o médico abriu a porta com cansaço visível. Bianca tinha ficado aproximadamente dois minutos com o coração parado.
                   

-Vocês podem entrar agora, ela normalizou - disse aliviado - Não sabemos o que houve, ela se agitou do nada.
                     

-Obrigada, Dr. Charlie - Rafaella agradeceu ao médico e entraram na sala.

                     

Gizelly ficou de um lado e ela do outro segurando a mão de Bianca. Estava quente. Rafaella a olhava como se ela fosse quebrar. O mundo dela ali, tão frágil e sem vida, era muita injustiça do destino.
                  

-Você não pode fazer isso - pediu - Não nos assuste assim, Bi - sussurrou beijando a testa dela.

                     

Gizelly estava sentada na poltrona ao lado delas, observando a devoção de Rafaella com a menor, ela desejava alguém que a amasse incondicionalmente, assim como as garotas.

                     

Rafaella estava segurando firme a mão da garota e sussurrando coisas doces, quando sentiu a mão apertar a sua, ela estava acostumada, seu subconsciente vivia fazendo isso com ela. Suspirou sabendo o quanto ela desejava ser real. Mas o ato se repetiu e ela levantou os olhos, viu quando os olhos lutavam para abrir e rapidamente checou o monitor, estava normal.
                     

-Gizelly - disse alto - Chame o médico - Gizelly a olhou assustada e ela repetiu - Agora, Gizelly.

                     

A capixaba saiu correndo porta a fora a procura do médico, Rafaella a olhava atenta.
                   

-Eu estou aqui, amor - sussurrou - Estou com você.

ENCONTROSOnde histórias criam vida. Descubra agora