Um pingo de sangue na areia

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Haruno Sakura

Dois dias se passaram no mesmo esquema, tratamento de 45 minutos em Orochimaru no período da manhã e a tarde livre no quarto ou no laboratório.

Nenhum sinal de Sasuke após aquele dia, Graças a Kami.

Sabia que a cada minuto minha oportunidade de sumir estava se aproximando. Sutilmente estava me preparando. Todas as idas ao laboratório furtava coisas, como alguns miligramas de sonífero e uma seringa, uma kunai envenenada...

Sempre escondendo meu arsenal debaixo do meu colchão. Por mais que eles me dessem liberdade de perambular por ai sem escolta, não tinha certeza se ninguém fazia uma vistoria no meu quarto então era melhor garantir.

Precisava estar preparada para todas as possibilidades. Quando me direcionei á cozinha para jantar encontrei um grupo curioso. Era a ruiva de óculos, Suigetsu e um homem com cabelos alaranjados enorme, parecia uma muralha mas seus olhos demonstravam ser extremamente gentis.

- Venha gatinha, sente-se com a gente. Karin fez sopa de tomate.

Então o nome dela era Karin... Sopa de tomate, claro que sim, tomate era a comida preferida do Uchiha. Só de pensar que já fui patética assim dá raiva. Vejo que o único lugar vago é ao lado dela e em frente do grandalhão. Como não sou mais uma mulher insegura, me acomodei tranquilamente na cadeira vaga.

- Qual seu nome? Pergunto para o qual estava em minha frente.

- Jugo, e o seu senhorita?

Que fofo, ele me responde com uma calma sobrenatural e com um leve sorriso nos lábios. Já gostei dele e fiquei intrigada de saber o porquê dele estar aqui.

- Meu nome é Sakura. Posso ser ousada e perguntar o que faz em um lugar como esse?

- Tudo bem, não me incomodo com esse tipo de pergunta. Eu tenho uma situação difícil de controlar. E bem... para não fazer mal á inocentes decidi me juntar ao Orochimaru.

Ele mostra a marca da maldição em seu pescoço, muito semelhante a de Sasuke. Percebo que ele é um dos poucos aqui que não trata o Sannin com tanta formalidade, dispensando o uso da palavra mestre.

- Como assim não fazer mal?

- Eu sou o primeiro a ter a marca da maldição, é como se dois seres dividissem meu corpo, um totalmente maligno, as vezes ele sai de controle e tem uma sede de sangue Insaciável. Já eu abomino morte e maldade, mas não consigo evitar.

Entendi perfeitamente e sei que com um tratamento psicológico e medicação prescritiva ele poderia conseguir controlar esse seu lado e curar sua condição. Um psicólogo especializado em casos de agressividade poderia ajuda-lo a entender as causas do seu comportamento, os gatilhos que desencadeiam a ativação da marca e a viabilizar as mudanças pertinentes na forma como convive consigo mesmo e com os demais. O tratamento para a agressividade também pode demandar acompanhamento psiquiátrico, quando os ataques são demasiado violentos e precisam ser controlados com medicação. Mas não é nada que não possa ser concertado!

- Sabe Jugo, eu sou médica e sei de um tratamento perfeito para você. Você não só conseguiria controlar seu outro lado como também estar curado.

Ele arregala seus olhos para mim e começa a chorar. Hoje percebi quem nem todos que estão com Orochimaru são ruins, alguns apenas não tem opções.

Ele se levanta e me abraça com seus grandes braços. Um famoso abraço de urso. Nesse momento Sasuke adentra o espaço e não fica nada feliz com a cena. Poderia dizer até que era... CIUMES?

Amar se aprende amando- GaasakuOnde histórias criam vida. Descubra agora