Capítulo 35

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                                      Luna—Lucca, esse é meu namorado Javier

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                                      Luna
—Lucca, esse é meu namorado Javier...— Amélia disse e eu olhei para o homem loiro a minha frente.

Na mesma hora eu travei, tudo ocorria em câmera lenta ao meu redor pois minha mente estava me bombardeando com mil pensamentos simultâneos que me levavam à beira da insanidade. Meu corpo tremendo era o aviso eminente de medo e pavor que eu sentia por esse homem e meu estômago se embrulhando mostrava o o quanto o repúdio e sinto ódio dele.

Meu ex abusivo: Javier.

Lembranças de cada coisa terrível que ele fez comigo insistiam em aparecer em minha mente e eu engulo o choro e o pânico que subiam pela minha garganta, tentando esconder meu nervosismo por meio de uma máscara de indiferença, não darei a ele a satisfação de me ver com medo.

Minhas mãos começam a suar e eu tento secá-las com o tecido de meu vestido, tentando também esconder minhas mãos que tremiam e conter a ansiedade.

Javier também tinha uma expressão de choque no rosto, mas diferente de mim, ele não expressava medo, mas espanto.

Ricci percebe que estou tendo um crise de ansiedade e me encara com o cenho franzido, preocupação e questionamento rondando sua mente, mas não falarei nada. Ele tenta segurar minha mão por debaixo da mesa, mas eu recuo, impedindo que ele me toque.

—Com licença, eu preciso ir ao banheiro.— me levanto e forço um sorriso, saindo calmamente da sala de jantar, mas querendo correr o mais rápido possível de perto de Javier.

Entro no banheiro e custo a trancar a porta com a tremedeira que eu estava.

Me olho no espelho e consigo ver o meu espanto e o meu medo estampado em minhas feições: meus olhos estavam arregalados e um suor escorria em minha testa.

Por que ele tinha que estar aqui?

Abri a torneira, enchi minha mão de água e passei em meu rosto tentando me refrescar, tentando fazer com que a água leve embora todas as minhas preocupações.

Sequei meu rosto, endireitei minha postura e saí do banheiro, mas ao invés de voltar para a mesa de jantar, eu subi as escadas e entrei em meu quarto, trancando a porta e deitando na cama.

Tentava com todas as minhas forças não chorar por esse maldito, mas como eu conseguiria fazer isso se eu lembrava de todas as vezes que ele foi abusivo comigo?

Ele sempre me invalidava e muitas das inseguranças que eu tenho hoje é por culpa dele, ele dizia que eu era muito magra, que eu era muito alta, que eu era feia, que não tinha talento e desde então comecei a me cobrar muito, para tentar ser cobrir minhas imperfeições.

Mas por que eu me importava com a opinião dele?

Porque eu o amava muito e nós seres humanos temos a tendência de tentar agradar as pessoas que amamos e consequentemente nos importamos com a opinião deles. Um exemplo disso é quando uma pessoa desconhecida diz que sou incapaz ou algo do tipo, eu não vou ligar pois ela não me conhece e eu não me importo com a opinião dela. Mas se uma pessoa que amo disser que eu sou incapaz, vai doer muito, pois ela me conhece e porque me importo com a opinião dela.

Love on Ice (#1)Onde histórias criam vida. Descubra agora