Após fazer uma grande merda e colocar sua posição de jogador de hóquei em risco, Lucca Ricci é punido e mandado para patinar com Luna Clarke, uma patinadora de gelo que só quer uma coisa:vencer a competição nacional de patinação no gelo. Só tem um p...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Luna Infelizmente o fim de semana acabou e voltamos pra nossa rotina, pra nossa realidade e pra piorar estou de TPM, estou com vontade de matar alguém e chorar ao mesmo tempo- hormônios, eu te odeio.
Acordei cedo para ir à faculdade, tomei um banho e vesti uma calça jeans, uma blusa vinho e uma jaqueta preta.
Tomei um café da manhã, desci as escadas e entrei no meu carro, indo em direção a Harvard junto com Alice, que já estava tagarelando sobre um trabalho de sua faculdade- eu não converso muito de manhã, meu cérebro ainda está reiniciando.
Cheguei no enorme campus e descobri que hoje teremos uma palestra obrigatória para toda a faculdade sobre finanças- se eu soubesse que iria ter isso, eu ficaria em casa assistindo série e chorando por algo bobo.
Arrumei minha calça jeans e entrei no auditório, subindo para a última fileira.
Os cursos de moda, arquitetura e química estão no primeiro horário da palestra, o que significa que Ricci e Catarina estarão aqui.
Me sentei na cadeira do canto e coloquei meus fones, tentando ignorar tudo e todos ao meu redor, incluindo a minha maldita cólica- como doía, mas eu não irei tomar remédio, pois quero saber até onde eu aguento a dor.
Um casal se sentou ao meu lado e eu só torcia pra eles não se pegarem ao meu lado, não as 7:30 da manhã.
Deixa de ser ranzinza. —meu subconsciente me lembrou.
A menina era branquinha e tinha longos cabelos cacheados e o menino era bronzeado e tinha o cabelo tingido de loiro.
Respirei fundo e olhei pra frente, para pelo menos fingir que estava prestando atenção na aula.
Alguns minutos se passaram e eu olhei para o casal ao meu lado, a menina parecia estar segurando para não chorar, enquanto o menino falava alguma coisa para ela. Abaixei o volume do meu som e comecei a escutar a conversa de ambos.
—Você é tão inútil, tão imbecil, não faz nada certo, não consegue nem dormir com seu namorado.— o homem falou para uma caloura do primeiro ano, que segurava o choro, tentando não desabar com as palavras ácidas que ele dizia.
Deja vu me atingiu em cheio, de uma época que eu era só uma adolescente e não sabia diferenciar abuso de amor.
—Você é tão inútil, Luna, eu faço tudo por você, te dou todo o meu amor e você nem demonstra o mesmo por mim, nem quer dormir comigo, você diz que me ama, mas é só da boca pra fora, não demonstra, você é só uma vadia, não sei como ainda estou com você. — ele dizia pra mim e eu tentava segurar as lágrimas, mas falhava miseravelmente.
Eu amo meu namorado, não sei porquê não consigo dormir com ele-eu acho que não estou preparada, eu só tenho 15 anos, meu pai acabou de morrer e eu simplesmente não consigo- mas ele tá certo, sou uma inútil mesmo, não consigo fazer uma coisa simples de casal.
