Capítulo 11

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                                    Lucca

Desde que cheguei em casa eu não consigo parar de pensar no que disse a Luna.

Eu posso brigar com qualquer um que minha consciência vai ficar leve como uma pena, mas se eu brigar com ela, não consigo fazer mais nada.

Como ela consegue me afetar desse jeito?

Preciso me desculpar com ela. Visto uma blusa branca e uma bermuda de moletom preta e pego meu carro em direção ao apartamento dela.

Toquei o interfone, mas ninguém atendeu. Ela não deve estar em casa, merda.

Decido esperar.

Uma mulher entra no prédio e eu entro atrás dela, com a desculpa que vou ver um amigo.

Subo até o quinto andar e espero sentado na frente de sua porta.

Quão patético isso é? Lucca Ricci de um mês atrás nunca esperaria uma mulher na porta dela só pra se desculpar.

Tenho que pedir o número dela, isso parece coisa de stalker.

                                        •••

Passo 30 minutos mexendo no celular, esperando Luna chegar.

Já estava quase desistindo e indo embora quando vejo a silhueta dela começando a descer as escadas.

Provavelmente ela estava tentando fugir de mim.

Por que ela não gosta da minha companhia?

—Luna— chamo ela que estava de costas pra mim.

—Ricci, o que você está fazendo aqui?— ela pergunta ainda sem me encarar.

Ela não está conseguindo nem olhar na minha cara e não tiro a razão dela, fui um babaca.

—Consciência novamente— olho para o chão, estou envergonhado— me perdoa Luna, não acho que você seja interesseira, nem puta. Eu só...só me expressei mal com as palavras, fiquei preocupado com você... quer dizer... Cat... Catarina ficou preocupada com você , ela surtou real quando você não estava atendendo as chamadas— me corrijo.

Eu também surtei, mas não quero que ela saiba.

Catarina acordou de manhã e começou a ligar pra Luna, mas ela não atendia de jeito nenhum e eu comecei a ficar preocupado de verdade, quase chamamos a polícia.

Me levanto e me aproximo dela.

—Me perdoa Luna, por favor, prometo não ser um babaca de novo— eu digo e toco em seu ombro, arrastando seus cabelos negros para seu ombro.

—Tudo bem— ela se desvencilhar do meu toque— eu te perdoo,agora você pode ir embora.

Ela claramente não me perdoou.

Eu sei que ela não quer minha presença, mas só vou embora quando ela olhar em meus olhos. Ela decidirá se irá me perdoar ou não, mas ao menos me olhe e veja que eu estou realmente arrependido

— Luna, vire-se pra mim agora,quero te ver — posso ter soado autoritário, mas eu preciso olhar nos olhos dela— você precisa ver que eu estou arrependido e decidir se vale a pena me perdoar de verdade e não da boca pra fora.

Ela permanece virada de costas pra mim. Qual é Luna, eu sou tão desprezível assim?

Em um movimento rápido a viro pra mim.

Completo choque se instala em mim. Que porra é essa? Ela tem um hematoma enorme na costela e um corte que sangra tanto que sujou suas roupas todas.

Love on Ice (#1)Onde histórias criam vida. Descubra agora