Chove chuva

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Jake e eu estávamos nos dirigindo para a casa da mãe dele. Ele havia alugado um carro e a mulher não achava que já tivesse vestido algo tão decente antes. Dan havia voltado para Duskwood para comemorar o natal com a família.

- Você está nervosa - Jake falou colocando uma mão sobre o joelho da mulher de uma forma reconfortante.

- Não estou - ela tentou negar

- É claro que está, olha a forma como você mexe nos anéis na mão - ele falou e a Mari deu um pequeno sorriso, aquele homem definitivamente a conhecia. - Mari, já falei meu amor, não há necessidade para ficar nervosa.

- É importante pra mim que ela goste da minha pessoa, Jake

- Minha mãe é um coração ambulante, Mari, ela vai gostar de você. Acredite.

- Obrigada, Jake - a mulher colocou a mão por cima da dele e a segurou. Ela nunca havia imaginado em toda sua vida que iria passar o natal com a mãe de um hacker procurado pelo governo. - O que eu respondo se ela perguntar como nos conhecemos?

- Pela internet? - ele suspirou - Não sei, você é boa em inventar histórias. Tenta criar alguma - Boa em inventar histórias? Mas que caralho? Do que ele estava falando?

- Jake? Está tudo bem? - algo naquela frase a incomodara muito.

- Sim, está sim minha vida - ele levantou a mão dela e a deu um beijo. Ela franziu o cenho mas empurrou a desconfiança para dentro. Porquê ela estava com uma sensação estranha, como se algo fosse dar terrivelmente errado.

- Você tem certeza?

- Me desculpe - ele respondeu - Não foi minha intenção te fazer sentir mal.

- Jake - eu chamei - você não está escondendo nada de mim não é? - sim, sim, sim a palavra era sussurrada diversas vezes no cérebro da mulher a causando um arrepio. Por favor que ele não esteja escondendo nada, a mulher implorou à Deus, universo ou fosse lá quem quisesse escutar e responder

- Não, meu amor - ele sorriu de modo tranquilizador - Eu amo você, não acho que possamos esconder algo das pessoas que amamos - ela assentiu e ficou em silêncio. Eles chegaram, a casa tinha dois andares, era amarela com as bordas da janela pintadas de brancos e com jardineiras carregando flores na janela. A mulher deu um suspiro, era exatamente o tipo de casa que ela queria ter um dia.

   Eles adentraram a varanda e Jake tocou a campainha enquanto Mari ajeitava o buquê de flores que havia trazido para a mãe dele. Quando uma mulher abriu a porta Mari sorriu claramente vendo a semelhança entre eles, a mulher tinha longos cabelos pretos lisos e olhos azuis da mesma cor dos de Jake. Ela puxou o hacker para um abraço apertado, cheio de saudade e Mari desejou ter uma câmera naquele momento. Eles pareciam muito felizes. Quando enfim se separam a mulher olhou para Mari de cima abaixo fazendo com que a Jovem tivesse vontade de se esconder atrás de Jake. Mas a mãe dele abriu os braços dando sorriso, a convidando para um abraço. Ela tinha aqueles abraços de mãe, era aconchegante, a fazendo se sentir protegida de todo mal do mundo.

- Seja bem vinda minha querida - a mulher falou ainda abraçada com ela - Você é muito bonita.

- Muito obrigada - elas se separaram e Mari sorriu de forma sincera para a mulher - A senhora também é muito linda.

- Deixemos de formalidade, querida - a mãe de Jake enganxou seu braço no dela a levando para dentro e Mari suspirou ao sentir o cheiro de lá, a casa era toda muito aconchegante. - Você não precisa me chamar de senhora, é parte da família agora - Mari sorriu ao ouvir isso, a mãe dele estava tratando como se os dois fossem recém casados.

As Estrelas Em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora