Perceba

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🄴la estava em um ambiente escuro, parecia um túnel de metrô, havia alguém correndo com um notebook na mão, ela não conseguiu reconhecer quem era, a pessoa correu e correu, até desaparecer no túnel. Quando estava totalmente escuro ela ouviu um sussurrar suava "siga o rio" e foi teletransportada, Mari estava em uma sala, quando olhou para suas mãos elas estavam cheias de sangue e ouviu a voz de seu pai "você é o monstro que eu sempre falei que se tornaria"

Mari acordou suada e tremendo, os lençóis grudavam em sua pele. Ela precisava de um banho, mas como ela tomaria o banho? Ela encarou a porta do banheiro ela não conseguiria entrar. Não tinha como. Ela sentiu seus olhos enchendo de lágrimas. Por que ela não podia simplesmente fazer isso? Era só entrar no banheiro. Só isso. O coração da mulher acelerou batendo dolorosamente em seu peito. Mari passou as mãos no rosto e resolveu mandar outra mensagem para o Jake.

Mari: Você está bem?

Nenhuma resposta surgiu. Nenhum ponto de digitando, nenhum online. Ela suspirou, como podia sentir tanto a falta de algo dessa maneira? Seu coração estava apertado. Seria uma boa ideia sair para fora do Hotel e ver o sol nascer? Sua consciência lhe dizia que não. Mas Mari sentia as paredes do quarto se fechando, ela deixou Remus dormindo, pegou a arma, o celular e saiu trancando a porta. Ela andou pelos corredores escuros do hotel, sentindo uma brisa em seu rosto e chegou ao salão principal, ainda admirando o quanto parecia aconchegante e assustador ao mesmo tempo.

Mari saiu pela porta e imediatamente sentiu a briza fresca em seu rosto, acariciando seus cabelos emaranhados e se sentou no banco que tinha em frente ao hotel, eram cerca de 5:00 da manhã, logo o sol nasceria. Mari respirou fundo, depois expirou lentamente, olhando para às árvores da floresta balançando com o vento. Quando ela olhou para a porta do hotel levou um susto ao ver um garotinho parado lá, ele parecia ter uns 12 anos. Cabelos loiros e olhos azuis, parecia um anjinho. Mari sorriu para ele e acenou, o garotinho fez o mesmo e se dirigiu até o banco onde a mulher estava.

- Olá, onde está sua mãe?

- Em um dos quartos por aí - Mari o encarou

- Como é seu nome?

- É alfie - o garotinho deu de ombros

- Oh, você é o filho da senhora Walter não é? - ele assentiu e olhou para Mari com olhos curiosos, Mari não era exatamente boa com crianças, ela não sabia o que falar agora

- Você é amiga da garota morta? Está procurando por ela? - A boca de Mari se abriu e se fechou algumas vezes, pensando no que falar

- An, sim, mas ela não está morta, Alfie - ele olhou para Mari e algo passou por seus olhos azuis os nublando

- Ele a arrastou para floresta, ele leva as pessoas e Mata. Eu o vi arrastando a garota morta para a floresta. Ela está morta.

- Alfie? - Mari olhou para o adorável garotinho em sua frente - Porque você não está dormindo? Ainda é muito cedo.

- eu tive um pesadelo

- Você quer me contar? - Alfie balançou positivamente a cabeça e Mari o encarou com toda atenção.

- Um homem corria atrás de mim, eu tropecei e ele me alcançou - Alfie sussurrou - Tenho pesadelos todas as noites. Eu não quero mais dormir - o coração de Mari afundou, principalmente pelo fato dela conhecer exatamente essa situação.

As Estrelas Em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora