7- Algumas novidades

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Catarina 


Esse capitulo contem HOT. 

QUANDO TODO MUNDO  foi embora eu senti a casa grande demais. Vazia demais. Porém eu estava contente com o ótimo dia que tivemos. De inicio foi completamente estranho ter tantas pessoas no apartamento. Geralmente era só Tomas, Jane, Sara e eu. As pessoas apareciam voluntariamente, como Malu e Sam. Minha sogra e Clarissa com Rafael.

Mas eu me sentia bem em compartilhar um pouco da vida de Tomas. De saber como ele era quando criança e adolescente. É como se eu o conhecesse ainda mais. Histórias tão naturais e engraçadas. Eu não imaginava de como ele era. E fiquei feliz de saber que ele foi só mais um adolescente comum apesar de todos os horrores que sofreu quando apenas uma criança.

Mas também fiquei triste em saber a forma que ele era irredutível para os sentimentos. Poliana e eu conversamos por alguns minutos na cozinha a sós, e ela me contou que ele não se dava a chance de se apaixonar em nenhum momento por nenhuma menina, nem mesmo por Maggie que de acordo com ela era a garota mais doce e gentil. Ela disse também que ele tinha uma idéia absoluta de um dia seria igual ao pai.

- Eu fico aliviada que ele tenha achado seu caminho para felicidade, para o amor. Era triste ver ele se negando que ia ser feliz de verdade um dia, que nunca amaria por que ele não tinha essa capacidade - disse ela, olhando para ele que estava sorrindo com Aurora na sala.

Engoli em seco diante das palavras.

- Eu não imaginaria ele com ninguém menos do que alguém como você, tão adorável - continuou ela, com um sorriso sincero.

Percebi que assim como Clarissa, Poliana e Aurora eram pessoas de muita importância e grande influencia na vida do meu marido. E talvez tenha sido por elas e pelos dois outros amigos que ele não tenha tido uma adolescência solitária e tomado caminhos sem volta.

E nesse dia de ações de graça, eu era grata pela vida de Aurora, Poliana, Clarissa, Anaabeth e Walt. Por ter sido a família de Tomas.

- Acho que recolhemos tudo - disse Tomas entrando na cozinha com duas taças.

- Sim - concordei.

Depois que todos foram embora recolhemos as taças sujas, arrumamos a bagunça da sala e lavamos toda a louça suja.

Tomas lavou as duas ultimas taças que ele trouxe enquanto eu comia mais uma fatia de torta.

- Sua mãe não ia vir aqui está noite ? - perguntei de boca cheia.

- Sim, esqueci de avisar. Ela ligou mais cedo dizendo que não vinha porque ela remarcou a viagem. Disse que talvez venha aqui amanhã.

- Entendi. E como vai as pinturas dela ? - perguntei.

- Ela disse que está finalizando uma que é presente para nós, de casamento - disse ele, secando as mão no pano.

- Sério ? - levei as mãos ao peito. - Estou ansiosa para ver.

Quando Tomas me contou que a mãe dele pintava, e desenhava foi uma grande surpresa para mim. Eu não fazia idéia.

- Eu também. Fico feliz que ela tenha voltado - disse ele, recostando no balcão ao meu lado. - Ela não desenha desde que eu era muito pequeno. Eu vi alguns desenhos que ela fez em cadernos velhos. De pássaros, flores, natureza mas tinha um, que eu tenho certeza que era o esboço do rosto dos meus avós.

Sem que eu percebesse parei o garfo no alto, a meio caminho da boca. Tomas sorriu e puxou minha mão e comeu a torta.

- Eram desenhos lindos. Mas ela parou com o tempo. Disse que não tinha vontade mais, e eu posso entende-la - continuou. - Mesmo depois que estávamos morado com Ale ela não quis mais. Ele nem mesmo sabia desse talento. Esse é o primeiro dela, depois de tantos anos, e ela vai nos dar - a voz dele deu uma tremida e ele engoliu em seco.

Agora eu já te conheçoOnde histórias criam vida. Descubra agora