Minha rosa

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Ão, ão, ão. É att não é ilusão 🎶

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—E por que não está sinistro?

Era uma pergunta que eu também me fazia após tantos minutos analisando meu rosto com um espelho na mão.

—Eu não sei hyung, acho que só fica vermelho quando ele tá’ usando__ Me sentia um camaleão. Dependendo da situação, meu olho agora mudava de cor. Que variavam do vermelho ao branco, mas em nem uma das cores eu enxergava as cores do mundo
Senti saudades do velho azul.

—Que bizarro pensar que tem um monstro dentro de alguém doce como você__ Disse o médico.

Seokjin estava a vários minutos intrigado com aquele fato, não o julgava, também tardei a aceitar que havia uma segunda alma, quase uma segunda vida, em mim. Porém, mesmo incrédulo Jin não tirava os olhos do trabalho que estava tão centrado em fazer com cuidado. Minhas pernas.

Ao menos duas vezes ao dia ele vinha até o quarto, sempre acompanhado de Jungkook, e limpava aquelas feridas horrendas. E assim como eu não as olhava nem uma vez, Jeon também não. A diferença era que ele não olhava para o eu todo.

Foi um ciclo vicioso que estava me corroendo. Ele vinha, ficava e saia assim que Seokjin terminava. Não falava, não olhava, só saia no mesmo silêncio que entrou e foi o seu silêncio, a falta de seu toque que era tão recorrente antes de tudo, que me corroeram mais profundamente. Por aqueles dias não senti que aquele era... o meu alfa.

—Se te mantermos bem cuidado isso vai cicatrizar rapidinho__ O medico comentou passando pela vigésima vez o algodão umedecido sobre os cortes. Ardia um pouco mas eu não me mexia.

Tinha animo em seu tom, ele parecia tão satisfeito de ver avanço em apenas dois dias de cuidado. Entretanto, vi nos meus olhos através do espelho que aquele ânimo não habitava em mim também, na verdade, qualquer coisa que me lembrasse sobre as feridas, aquelas em específico, que foram as mais torturante e dolorosas, levavam todo meu pouco ânimo embora.

—As mais rasas estão até se fechando...__ Seu rosto iluminado me fitou, sorridente. —Olha só!

E ficou, esperando que eu fizesse como pediu; Olhasse.
Mas não dava.

—Eu vou... confiar na palavra de um médico__ Falei baixando o espelho, olhando para longe. Bem longe dele e de meu próprio corpo.

Qualquer um naquele quarto sentiria o desconforto em mim, e claro, que tanto Jeon quanto Jin sentiram e o brilho do ômega assim como o meu, sumiu.

Eu conseguia imaginar o estado em que elas estavam. Roxas e com grandes cortes abertos, pois quando me mexia de mais sentia as feridas abrirem e fecharem já que Jin optou por não dar pontos, esperando que cicatrizassem com perfeição sozinhas.

A fronteira jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora