Milagre ou maldição?

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Eu julgaria que ter os cabelos lavados por alguém, em baixo de uma água quentinha, se encaixaria facilmente nas sete maravilhas do mundo.

Eu adoro quando Jun-shii faz isso.
Porém, para Heise, aquilo estava sendo um grande incômodo.

Carregada pelos corredores Oesters numa cadeira de rodas, vestida em roupas grandes e usadas não era bem o tipo de coisa que ela se imaginava tendo que um dia passar.  Após casada, tudo que viveu e respirou foi luxo e riqueza, aquela situação era o cúmulo para si. E se sua cara já estava nada feliz antes, piorou quando foi posta na cama e alimentada por mãos de enfermeiras estranhas, já que as de nossa mãe se ocultavam segurando a criança da qual ela mesma não quis segurar.

— Precisam de algo mais? Quer que peça para subirem outra jarra d’agua?__ com todos utensílios que usou para alimentar minha irmã em mãos, a enfermeira perguntou já na porta do quarto.

—Não.__  Foi a resposta da ômega já voltando a se deitar de costas para todos.

—Por favor, poderia pedir para alguém buscar meu neto?__ falando baixo e ainda ninando a criança, minha mãe pediu.    —Ele acaba de dormir e eu preciso conversar com a minha filha.

Todo aquele tempo após o parto, onde meu sobrinho e Heise foram banhados e cuidados, os lençóis e colchão da cama trocados e todo o caos resolvido, foi minha mãe quem segurou o bebe.

Nem por um segundo Heise demonstrou vontade de ver o rosto do próprio filho.

Bem, algumas mães podem inicialmente ter problemas emocionais após o parto. Principalmente após um parto tão conturbado quanto foi o dela.
Não estavam a julgando por aquilo, oque mamãe queria conversar era outra coisa.
E quando uma enfermeira enfim buscou o bebê, todo empacotadinho, finalmente deixando apenas nossa mãe, Heise e tia Dayul no quarto, ela foi direto ao ponto.

—Quando ia me conta?__ Com a voz branda e um olhar distante, ela enfim perguntou.

O ar quase podia ser cortado com uma faca tamanha era a densidade da atmosfera naquele quarto. Após nossa chamada no rádio se encerrar soube que o silêncio perpetuou entre elas até aquele momento, onde enfim a voz de alguém saiu pela garganta.

—Ele não queria que eu contasse.__ após tanto tempo calada, após tanto gritar, o timbre de Heise saiu rouco.

Mesmo tendo uma conversa tão importante, seu corpo permanecia deitado, de costas.  

—Não minta pra’ mim, Heise .__ Mais que ninguém, minha mãe sabia ler a filha que tinha sem precisar olhar em seu rosto.

Não era de todo uma mentira. No início, eu realmente não queria que ninguém do Leste soubesse que eu estava vivo, aquilo colocaria a mim e o próprio Oeste em perigo, porém, após Heise descobrir acreditei que ao menos para nossa mãe ela contaria. Afinal, mamãe não me entregaria para Jay. Por isso, para mim, não fazia sentido deixar uma mãe em constante sofrimento quando você tinha as cartas na mão para acabar com ele.

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⏰ Última atualização: Jul 06 ⏰

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