Maldita lua!

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Lado Leste da fronteira__ 00:30

Estava cansado de olhar as mesmas paredes.

Conhecia centímetro a centímetro daquela casa e poderia andar de olhos fechados pela casa sem trombar em qualquer vaso que, pasmem, deveriam custavam mais que o salário anual de mais da metade da população Leste.

A mansão Park's, talvez para não parecer muito sensacionalista por ter mansão no nome, recebeu o apelido carinhoso de Casa principal, local onde abrigava o líder e seus soldados de maior confiança,e era ali onde morei por vários e vários anos.

O tempo que passei naquele lugar havia sido deveras monótono pois, aturar pessoas que não eram da minha família o tempo todo e ainda ter que receber ordens do próprio cunhado era o cúmulo do ridículo para mim. Tudo bem que Jay era o líder da matilha, mas isso não o fazia uma pessoa melhor ou menos explosivo e fácil de lidar.

Aquela porcaria de casamento arranjado era a única salvação da nossa família que estava prestes a falir, mas aparentemente Heise,minha irmã, não pareceu se incomodar em ter que se casar com o herdeiro da família mais influente do Leste, o problema era que fazia tanto tempo que vivia naquele ambiente cheio de regras e limites que não me lembrava de nada da minha vida antes daquilo. Na verdade, quando parava para pensar não conseguia me lembrar de absolutamente nada da minha infância por algum motivo.

Ok, talvez eu estivesse reclamando de barriga cheia. Ora! eu fazia parte da eliteeste. Não tinha que me preocupar com os treinamentos intensos que Jay exigia que os soldados tivessem, vivia no luxo enquanto metade da população desse lado tinham uma vida regada de dificuldades, mas nem tudo era totalmente horrível daquele lado.
Nossa matilha era uma das unicas, supostas, três sobreviventes e a mais temida mesmo que não fosse a mais forte.

Suposta pois a lenda da matilha Norte era realmente apenas uma lenda. Nunca houve-se contato algum com eles. Então, para mim, acreditáva que o Leste e o oeste eram apenas as únicas miseráveis vidas que evoluíram apos todos aqueles milênios de escuridão que a Grande guerra deixou.

Pensar na chatice que era a minha vida me deixava deprimido, por isso, sempre me sentava na varanda e olhava o céu. Reclamava aos quatro ventos o quanto queria ir embora e conhecer o mundo, contava para a lua tudo que me aflingia e ela sempre me escutava em silencio... fazer aquilo me acalmava e eu sempre mentalizava que ela me respondia com: "essa é sua vida Jimin, apenas viva-a e pare de me encher" . Bem, ir encher o saco dela era exatamente oque eu estava indo fazer enquanto corria pelos corredores escuros da mansão.

Olhava as estrelas me seguirem pelas enormes janelas que me davam a visão perfeita da dita cuja que parecia cantar para mim, me hipnotizado e me levando a ela todas as noites, porém, ao dobrar um dos corredores meu namorico com o céu foi interrompido quando meu corpo se chocou com outro.

-Ai Nossa Jimin! tá fugindo de quem? __ a garota mais velha esfregava o braço no qual eu havia esbarrando não muito delicadamente.

-Me desculpe Heise,se machucou?__ eu sempre fui uma pessoa que se encaixaria perfeitamente em "risco para humanidade, desatento ao extremo" por isso, esbarrar com as pessoas não era uma grande surpresa para mim que já havia feito aquilo mil vezes naqueles mesmo corredores.

Talvez por isso todos daquela casa me odiassem, mas não demonstrassem por eu ter Park no nome.

-Tô' bem não foi nada, para onde vai com tanta pressa? __ quando ela sorri seus dentes já brancos se destacam ainda mais pelo lip tint avermelhado dos lábios.

A fronteira jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora