VI - Amarantha

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⚠️ Esse capítulo pode conter gatilhos relacionados a abuso sexual.

⚠️ Em ACOTAR, quando a Alis explica tudo pra Feyre, dá a entender que quando ela toma os poderes e o baile de máscara são duas festas diferentes (só fui perceber isso quando reli, e não da pra saber o que aconteceu entre essas duas festas, apenas que o Rhys já está a sendo abusado), tentei ao máximo conectar as coisas, já peço desculpas por qualquer erro. Essas partes que não tem muita descrição na obra original são bem difíceis de escrever.

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Já faziam alguns séculos desde que eu tinha sido subitamente coroado como Grão-Senhor. E em todo esse tempo, nada havia me deixado tão tenso quando a situação que se estendia nos últimos 50 anos.

Amarantha estava de volta, tinha inclusive visitado a Corte Noturna, apenas a Corte dos Pesadelos obviamente.

Segundo ela, se retratando pelos crimes da guerra, querendo paz e comércio, besteiras, mentiras, era óbvio. E suas atitudes continuavam estranhas.

Ela ainda era a mesma pessoa que me torturou e torturou meus soldados por dias. Eu sabia disso.
Até porque outra informação teria chegado até nós, Tamlin não demonstrava confiar em Amarantha, e ele a conhecia melhor do que qualquer um.

E aquilo me irritava, dia após dias, mesmo com Azriel e diversos espiões trabalhando nisso, não sabíamos o que ela estava planejando.

Eu só sabia de uma coisa: quando eu tivesse outra oportunidade, eu a mataria. Não hesitaria, não importava se eu tivesse que ir a guerra por aquilo. A dias Cassian já estava verificando as tropas illyrianas, vendo as condições dos soldados. Afinal, Amarantha de volta não era uma coisa boa.

Era uma manhã linda em Velaris. As pessoas passeavam, trabalhavam despreocupadas, eu amava isso. Esse lugar, esse povo, essa normalidade. Poderia ter o pior dos dias como hoje, mas era só dar uma volta pela cidade, sentir a brisa do Sidra em meu rosto, tudo melhorava, Velaris fazia parte do meu ser, de quem eu era. Era o melhor lugar do mundo todo, eu sequer conseguia pensar na ideia de ficar muito tempo afastado.

Ouvi antes de ver Az pousando perto de mim.

- Bom dia irmão. - Cumprimentei.

- Bom dia. - Ele disse. - Isso chegou na Cidade Escavada hoje. - Ele disse me entregando um envelope.

Atrás dele estava escrito o destinatário: Ao Grão-Senhor e a sua Corte.

Quando olhei o selo da carta, a raiva me atou. Era um selo com o brasão de Amarantha.

- Certo. Obrigada. - Eu disse. Esperava que Azriel entendesse a dispensa.

- Tenho que verificar alguns espiões, volto mais tarde com informações. - Ele disse.

Assenti e Az partiu. Eu atravessei direto para casa.

Eu estava sozinho. Cassian estava em illyria, Az tinha ido encontrar os espiões e Mor... eu não fazia ideia, mas não estava em casa.
Me sentei no sofá e abri o envelope.

Me surpreendo com um convite.

Uma festa para dali a uma semana. Para todas as Cortes, a fim de discutir comércio e outras alianças, para comemorar as relações comerciais de Prythian com Hybern. Relações essas que eu não havia permitido que a Corte Noturna participasse. Nem havia sentido naquele convite para mim.

Mas era a oportunidade perfeita. Que eu estava esperando. Amarantha tinha fama de exagerar nas festas, beber muito. E quando isso acontecesse... seria fácil destrui-la, sem sequer toca-la, o que era ótimo. Eu sentiria repulsa de encostar minhas mãos nela até mesmo para acabar com sua vida.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora