XXXIII - "Wanna Dance?"

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Depois de explicar o que havia acontecido a Cassian, Azriel e Mor, voei para a Casa do Vento.

Não a procurei, sequer quis ficar na cidade.

Eu não queria olhar em seu rosto e ver estampado ali toda a verdade que ela tinha dito.

Ela estava certa. Nem mesmo minha família sabia quem eu era por baixo das máscaras. Nem eles me viam por completo.

E era verdade. Eu tinha medo do que aconteceria se alguém visse tudo.

Eu precisava de um tempo antes de alar com Feyre. Porque a verdade é que eu não sabia o que falar.

Eu tinha ido ao apartamento de Amren mais cedo, e depois saído caçar quem tinha nos atacado, sem encontrar ninguém, me fazendo ficar ainda mais estressado.

Tínhamos chegado a conclusão que eles tinham uma espécie de rastreador em meu poder, e sempre que eu o usava, eles nos encontravam e isso era uma merda, dificultava tudo.

Por isso iríamos para Illyria. De lá voaríamos até as terras humanas. E se nós rastreassem ali, não seriam burros o suficiente para nos atacar no acampamento com milhares de guerreiros illyrianos ali.

Eu sabia que Feyre tentava falar comigo pelos bilhetes. Mas... Aquela não era a hora. Ainda não. Passei o resto do dia e aquela noite na Casa do Vento.

Ainda não...

🌌⭐🌌

Era Queda das Estrelas. O dia em que eu me deixava livre para sonhar.

E faziam cinquenta anos desde a última vez que vi o espetáculo mais lindo de Prythian.

E era a primeira vez que Feyre veria.

Ela ainda poderia estar zangada comigo mas...

Se ela... se ela aceitasse que eu retirasse as máscaras com ela, mesmo que aos poucos, se ela aceitasse me ver como eu realmente era...

Se Feyre visse tudo o que eu era, como já tinha chegado muito perto de ver.

E aos poucos eu poderia mostrar para ela, para não assusta-lá. Eu queria e podia fazer isso.

Ela tinha me atingido em cheio com aquelas palavras, mas ambos nos exaltamos.

Eu não queria falar sobre aqui por um bilhetinho em um papel. Eu queria falar pessoalmente.

E não haveria dia melhor do que esse.

Então peguei aquele antigo pacote que etsava guardado e o abri.

O brilho cintilante daquele vestido, tão forte quanto as estrelas no céu me cumprimentou.

Eu me lembrava de quando eu o tinha visto pronto pela primeira vez.

O treinamento tinha sido pesado. Devlon tinha sido um grande desgraçado.
Az e Cassian estavam em outro grupo, então voltei para casa sozinho.

Minha irmã me recebeu assim que cruzei a porta.

— Rhys! Você chegou! — Ela disse me puxando. — Venha, venha ver o que ficou pronto.

Santos deuses, eu estava exausto. Mas não havia como ceder àquele lindo sorriso.

Soltei as amarras das armas, as deixando cair no chão e segui minha irmã.

Então, me deparei com minha mãe costurando uma última pedra no tecido azul claro. Era como uma estrela caída do céu feita para brilhar eternamente.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora