XVIII - Fiancee

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Já haviam se passado um mês desde que tínhamos sido libertos.

Um mês de muito trabalho, e poucas noites de sono.

Minha mente não me deixava descansar. Os Pesadelos frequentes com a sensação de que eu estava de volta àquela Montanha, de volta aí quarto de Amarantha. Ou então eram meus amigos que estavam ali. Cassian e Azriel pregados pelas asas a cama de Amarantha enquanto eu assistia sem poder fazer nada, apenas sabendo o quanto eu havia falhado com eles, o quanto eu não havia conseguido protegê-los. E então os Pesadelos com o pescoço de Feyre se partindo, mas dessa vez não havia nada que poderia ser feito para salvá-la.

Quando não eram meus próprios demônios que me atormentavam, quando raras vezes eu conseguia pegar no sono, os Pesadelos de Feyre me invadiam, ela sem querer, mandava tudo pelo laço entre nós. Muitas e muitas noites fiquei acordado enquanto ela vomitava depois dos mais horríveis Pesadelos. Eu a sentia se quebrando, se esvaindo... e parecia que ninguém a ajudava. Em momento nenhum notei a presença de Tamlin com ela nesses momentos de desespero.

Eu só queria poder abraça-la, chegar até ela e dizer que eu a entendia, que eu passava pelo mesmo, e que iríamos das um jeito de passa por aquilo.

E no dia seguinte, eu me levantava e ia resolver os problemas da Corte.
Cassian, Azriel e eu tínhamos passado um bom tempo nas montanhas illyrianas, eliminando as revoltas e os que tinham se aliado a Amarantha.
Com as fêmeas, todo o progresso que havíamos feito havia ido pelo ralo. Muitas delas tinham tido as asas cortada, muitas jovens, que haviam nascido e amadurecido durante esses cinquenta anos tinham sido mutiladas.

Aquilo me enfurecia de tantas maneiras que eu não conseguia nem expressar.

E ainda tinha Hybern... Az voltaria hoje com novas informações e então poderíamos saber qual caminho tomar.

Eu estava sozinho em casa quando quando uma onda de emoções e... alegria me invadiu.

Feyre.

Feyre estava feliz e era uma onda tão forte que ela acabou enviando pelo laço.
Aquilo era um sinal tão bom... durante aquele mês eu mal a sentia a não ser o pesadelos terríveis que tinha.

Não pude deixar de querer saber o que havia causado aquilo, então me permiti adentrar um pouco mais naquele laço.

Mas talvez fosse melhor não ter feito.

Lampejos de Tamlin e ela em um campo florido e então... um anel de ouro com uma grande esmeralda.

Um anel de noivado.

Tamlin tinha pedido Feyre em casamento, e isso havia causado aquela onda de felicidade... eles iriam se casar...

E eu devia ficar feliz por Feyre. Devia ficar feliz por ela estar feliz.

Sim, ela era minha parceira, mas... merecia ser feliz, e mesmo que fosse com Tamlin, se ela estivesse feliz, era o que eu queria.
Ela merecia aquela felicidade. Ela mais do que ninguém merecia aquela felicidade.

E mesmo que me matasse... ela merecia ser feliz, mesmo que não fosse comigo, eu queria que ela fosse feliz, que superasse os demônios de seu passado e então seguisse sua vida, do jeito que sempre sonhara.

E eu esperava que Tamlin fosse o macho que ela merecia...

Mas pensar em tudo que Tamlin fez, o fato de ele não ter feito nada para salvá-la, todos os Pesadelos que ela estava tendo, parecendo lidar com tudo sozinha... ah merda. Eu mal tinha me dado conta que estava tremendo e que minhas asas tinham rompido pelas costas.

Será que ele estava sendo tudo o que Feyre merecia?

Não pensei muito quando saí voando em direção a Casa do Vento, Cassian estava lá.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora