XII - "One week"

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Amarantha desconfiou do fato de eu ter apostado que Feyre ganharia. Ela acabou reforçando a guarda sobre mim por um tempo, até que eu conseguisse convencê-la que tinha sido apenas uma posta arriscada e que eu na verdade, esperava perdê-la.
Dias, em que eu sabia que Feyre estava machucada, e Amarantha não havia enviado ninguém para ajuda-la.
Lucien, também não conseguiu. Na verdade, ele ainda mal conseguia se mexer com o estrago que tinha sido feito. Enquanto Tamlin chicoteava ele, não conseguia parar de pensar em Cassian e Azriel, e fiquei aliviado por ter conseguido impedir que eles sequer chegassem perto de Amarantha.
Eu também não havia conseguido chegar perto de Feyre, mas agora, Amarantha parecia finalmente estar preocupada com outras coisas, então eu finalmente conseguiria vê-la.

Atravessei até a cela e... deuses. Ela estava mal. O local cheirava vômito, sangue e a porcaria que era aquela lama.
Ela estava fraca, suava, provavelmente já estava febril.
Me lembrei da máscara, da pessoa que ela achava que eu era e então sorri para ela, mesmo que não tivesse vontade nenhuma.

— Que estado deplorável para a campeã de Tamlin. — Brinquei.

— Vá para o inferno. — Ela xingou, mas não havia força em sua voz, ela estava debilitada.

Cheguei mais perto e me agachei a sua frente, sentindo claramente o cheiro do vômito em um canto.
Ela tentou se mexer, sem sucesso. Levei os dedos a sua testa e contive a vontade de xingar. Ela estava ardendo em febre.

— O que diria Tamlin — murmurei. — se soubesse que sua amada estava apodrecendo aqui embaixo, queimando de febre? Não que ele possa vir até aqui, não quando todos os seus movimentos são observados.

Talvez ele fizesse exatamente o que fez desde que chegou aqui. Nada. Será que sequer havia reparado que ela tinha se machucado?

— Saia — falou com dificuldade. Pela Mãe, ela estava muito, muito debilitada.

— Venho oferecer ajuda, e você tem a audácia de me mandar sair? — Provoquei, tá tendo fazer com que ficasse acordada, ficasse lúcida.

— Vá embora — Ela repetiu, os olhos quase se fechando. Se ela desmaiasse, seria pior.

— Ganhei muito dinheiro por sua causa, sabe. Imaginei que deveria retribuir o favor. — Provoquei de novo. Precisava mantê-la acordada e precisava ajuda-la sem causar suspeita.

— Deixe-me ver seu braço. — Pedi, baixo e calmo. Esperando que ela confiasse em mim por apenas alguns minutos caso eu baixasse a guarda. Mas ela não se moveu.

Eu precisava curá-la, mas se ela não colaborasse, então eu voltaria a ser o mesmo Rhysand de sempre.

— Deixe-me ver. — Grunhi e então agarrei seu cotovelo.

Ela mordeu o lábio com força para evitar gritar.
Estava péssimo. O osso havia se quebrado e rasgado os músculos, tendões e pele. Estava começando a infeccionar, o que explicava a febre, além de ter perdido muito sangue... ela estava a pouco da morte.

— Ah, isso está maravilhosamente repulsivo. — Ela me xingou, não pude evitar rir, ela ainda tinha algum espírito ali dentro. — Que palavras para uma dama.

— Saia — Ela falou, a voz assustadoramente frágil e baixa.

— Não quer que eu cure seu braço? — Perguntei fechando os dedos em seu cotovelo.

— A que custo? — Ela perguntou. Certo. Teria de haver um custo, ou por que outro motivo eu teria ido até lá não é mesmo?

E não só por ela, se eu simplesmente a curasse, sem nada em troca, Amarantha poderia descobrir, e então... é, eu realmente teria problemas.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora