XXXIV - "You look good with wings"

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Era óbvio que  ninguém estava feliz em acordar de ressaca.

Muito menos ainda feliz em acordar de ressaca e saber que teríamos que lidar com Devlon e a merda toda no acampamento.

Mas... depois dessa noite, de tudo o que tinha acontecido...

De assistir a Queda das Estrelas outra vez.
De beber e me divertir com minha família.
De gargalhar e dançar com Feyre.

Eu sinceramente, não estava tão irritado com toda essa merda.

Az já tinha ido até seus espiões e Amren continuara com o Livro.

Feyre... tinha se mantido distante. Mas, tudo bem. Tudo o que havíamos confessado, os pequenos toques, os sorrisos, a dança... talvez ela precisasse... pensar. Digerir tudo aquilo. Eu sabia que era um passo difícil para Feyre, depois de tudo, depois de Tamlin.

Então, deixaria que ela decidisse tudo por conta própria. Quando estivesse pronta. Eu tinha deixado bem claro o que sentia por ela. Feyre não sabia apenas da parceria. Eu... debati contar. Mas talvez não fosse a hora. Talvez, ela mesma sentisse, descobrisse por si só.

Não queria que ela pensasse que tudo que eu tinha feito tinha sido por interesse próprio.

Ainda empurrados e silenciosos, atravessamos para Refúgio do Vento.

🌌⭐🌌

— Odeio este lugar — disse Mor quando chegamos. — Deveria ser queimado até virar cinzas.

Tanto eu quanto Cassian ficamos quietos. Realmente, não era o melhor lugar do mundo. Mas era onde havíamos crescido, onde eu tinha a maior parte das lembranças da minha mãe. Onde eu tinha encontrado meus irmãos, minha família do coração.
Eu não conseguia odiar Refúgio do Vento. De toda forma, o sangue deles corria em minhas veias e eles ainda eram meu povo.

Devlon se aproximou de nós, com cinco guerreiros a reboque.

Não importava que eu pudesse destrui-los sem sequer me mexer.
Não importava que Cassian conseguisse matá-los com poucos golpes.
Não importava que Mor conseguisse lidar com eles sozinha.
E não importava que Feyre, com um pouco mais de treinamento, pudesse fazer o mesmo.

Eles ainda levavam as mãos casualmente às armas e nos olhavam com aquela expressão de arrogância.

— Outra inspeção no acampamento? Seu cão — Devlon apontou Cassian com o queixo. E pós todos os deuses, eu precisava de autocontrole para não arrancar a cabeça de Devlon por falar assim com ele. Mas Cassian não perdoaria. Não, ele podia comprar as próprias brigas. Se um dia quisesse fazê-los pagar por todas as ofensas, seria ele a fazer. — esteve aqui na outra semana. As garotas estão treinando.

Cassian cruzou os braços.

— Não as vejo no ringue.

— Elas fazem as tarefas de casa primeiro — explicou Devlon. Tentávamos de tudo para fazer isso funcionar, mas com Amarantha, tudo o que havíamos feito tinha sido destruído, voltamos a estaca zero, e agora começávamos a mudar de novo. Seria lento, mudar aqueles pensamento milenares dos Illyrianos, mas continuaríamos empurrando. — Então, quando terminam, podem treinar.

Mor grunhiu em reprovação, atraindo a atenção de Devlon para onde ela e Feyre estavam.

— Oi, Lorde Devlon. — Disse minha prima.

Devlon avaliou Mor de cima a baixo com aquele desprezo no rosto, arrancando um grunhido de Cassian.

Interrompi antes que a merda começasse. Devlon era um desgraçado, mas ainda era o menos pior.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora