XXIII - "Welcome to my home"

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— Você demorou 15 minutos. — Provoquei Feyre assim que ela apareceu na sala novamente.

Ela não respondeu nada, não tinha vontade para fazê-lo. Eu rezava aos deuses que Velaris pudesse trazer um pouco de vida a Feyre.

Estendi a mão para ela, e então, atravessamos.

🌌⭐🌌

Atravessamos direto para dentro da Casa da Cidade. Eu tentava conter a ansiedade, o nervosismo, e até mesmo a insegurança de agora ter Feyre ali em Velaris... eu queria, estava desesperado para que desse certo, para que ela não quisesse voltar. Era a única alternativa possível.

Olhei Feyre enquanto ela observava cada detalhe da casa, percebendo que ali era um lugar diferente, cheio de vida. Nada luxuoso ao extremo, nenhum palácio como os que a maioria dos Grão-Senhores residiam, mas a casa de uma família que mesmo não sendo de sangue se amava, e que eu esperava que ela ao menos gostasse também.

— Bem vinda ao meu lar. — Disse a ela.

Ao meu lar, e ao seu lar, pelo tempo que você quiser, para todo o sempre se quiser.

Ela continuava observando, surpresa. O sol da manhã entrava pelas janelas, iluminando a casa.
Eu era o Senhor da Noite, mas eu também amava o dia em Velaris.

— O que é este lugar? — Feyre perguntou.

Me apoiei contra o batente da porta que dava para a sala e cruzei os braços

— Esta é minha casa. Bem, tenho duas casas na cidade. Uma é para assuntos mais... oficiais, mas esta é apenas para mim e minha família. — Expliquei.

Feyre continuou quieta, notei que buscava por sinais de mais alguém ali.

— Nuala e Cerridwen estão aqui. Mas, fora isso, seremos apenas nós dois. — Disse a ela.

Feyre ficou tensa. E seu olhar por um momento, pareceu beirar o arrependimento.

Será que ela estava arrependida de ter vindo comigo? Será que ela queria voltar para a Corte Primaveril?

Quando eu ia questiona-la sobre algo, mas duas silhuetas apareceram na porta, visíveis pelo vidro embaçado.

É sério que eles não podiam ficar mais cinco minutos longe?

Um deles bateu com o punho na porta.

— Rápido, seu preguiçoso. — Cassian... desgraçado.

— Duas coisas, Feyre, querida. — Comecei, sem sequer me dar o trabalho de olhar para a porta. Os dois que esperassem.

Mas Cassian, continuava esmurrando a porta como uma criança. Eu ainda não tinha nem tomado café, e ele já me irritava.

— Se vai começar uma briga com ele, faça depois do café. — Azriel. Pelo menos um dos meus irmãos ainda tinha uma gota de sensatez.

— Não fui eu quem me expulsou da cama agora há pouco para voar até aqui. Enxerido. — Cassian respondeu.

Contive um sorriso antes de voltar a explicar o que estava acontecendo para Feyre.

— Primeira: ninguém, ninguém além de Mor e eu podemos atravessar diretamente para dentro desta casa. Está enfeitiçada, guarnecida e enfeitiçada ainda mais. Apenas aqueles que eu desejar, e que você desejar, podem entrar. Está segura aqui; e segura em qualquer lugar desta cidade, aliás. As muralhas de Velaris são bem protegidas, e não são penetradas há cinco mil anos. Ninguém com má intenção entra nesta cidade a não ser que eu permita. Então, vá aonde desejar, faça o que desejar e veja o que desejar. Aqueles dois na antecâmara — acrescentei — podem não estar na lista de pessoas que você deveria se dar o trabalho de conhecer se continuarem esmurrando a porta como se fossem crianças.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora