XI - First challenge

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A lua cheia chegou, e com ela a primeira tarefa de Feyre.
Como agora eu sabia seu nome, parecia que eu conseguia a conhecer melhor. Agora eu não pensava nela apenas como a garota humana que eu sonhava.
Ela era real, seu nome era Feyre. E infelizmente estava ali.

Estávamos descendo aos níveis mais baixos da Montanha. Eu ainda não sabia qual seria a prova. Amarantha tinha mantido tudo muito discreto para que não houvesse nenhuma chance de ela ser informada de algo.
Também não podíamos ajudar Feyre com o enigma, não conseguiríamos nem que quiséssemos.

Ela estava sozinha para resolver aquilo. Eu confia a nela. Eu esperava que ela conseguisse.

Continuamos descendo. Meu estômago afundou. Havia apenas umas coisa ali, apenas uma criatura.

O Verme de Middengard.

Aquela arena era usada para a diversão de Amarantha, ela constantemente soltava ali pessoas inocentes para serem devoradas por pura diversão.

E hoje, ela esperava que sua diversão fosse Feyre.
Pelos deuses, como é que uma humana sobreviveria àquilo?

— Bem, vamos tornar isso um pouco mais divertido. Façam suas apostas, quanto tempo a humana vai durar? — Amarantha ofereceu.

Havia um responsável por anotar os lances.
A maioria apostou que ela não duraria um minuto.
Outros disseram que ela parecia esperta, então talvez durasse cinco minutos.

Eu não acreditava naquilo. Eu confiava nela.

— Aposto que ela vencerá o verme e sairá viva. — Eu disse.

— Aposta arriscada Grão-Senhor. — Um disse.

Apenas dei de ombros. Ela tinha que sair viva, por isso apostei nela.
Porque eu não suportava a outra alternativa.

Me coloquei na plataforma juntos com os outros cinco Grão-Senhores. Tamlin ficava sempre ao lado de Amarantha.

— Mandem trazê-la. — Amarantha disse.

E então ela veio, trazia por guardas, sem correntes ou nada, ela sabia que se sequer tentasse sair dali sozinha, morreria.

A multidão gritava em euforia. Ela observou a todos atentamente, e então olhou para a plataforma onde nós seis estávamos. Esbocei um sorriso para ela, que desviou o olhar assim que me viu.

Amarantha apenas ergueu a mão, e roda a multidão se calou. Ficou tão silencioso que eu conseguia ouvir o coração de Feyre trovejar mesmo àquela distância.

— Então, Feyre — Amarantha começou com uma mão apoiada no joelho de Tamlin, uma forma de provocá-la, sem dúvidas. — Sua primeira tarefa está aqui. Vejamos quão profunda é sua afeição humana.

Tamlin não dizia nada, não demonstrava nenhuma reação, e eu não tinha ficado sabendo de nenhuma maneira a qual ele havia tentado salvá-la daquilo.

— Tomei a liberdade de descobrir algumas coisas a seu respeito — Amarantha disse. Sim, ela havia me pedido que descobrisse algumas coisas sobre ela. Dei apenas o básico, nada que a prejudicaria demais e nada que fizesse Amarantha pensar que eu estava a protegendo. — É justo, você sabe.

— Acho que vai gostar desta tarefa — Amarantha gesticulou para que Attor abrisse um caminho pela multidão. — Vá em frente. Olhe.

Ela foi e olhou para as trincheiras, para o fundo lamacento delas.
Então Attor a empurrou, senti algo encolhendo em mim, e depois a pegou pelos braços e a jogou no meio daquele labirinto.
Ela escorregou e se desequilibrou por um momento, risos ecoaram pela plateia enquanto ela tentava manter o equilíbrio na lama fétida.

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora