IX - "What's your name, dear?"

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O povo da Corte Invernal havia se revoltado. E o dia virava um inferno novamente. Ela queria matar Kallias, ela o queria morto.

Eu precisava convencê-la do contrário. De qualquer forma, a norte de um Grão-Senhor não beneficiaria a nós, principalmente agora que o prazo da maldição estava se encerrando.

Além do fato que Kallias era um bom Grão-Senhor, honrado, dedicado a seu povo, fazia de tudo para mantê-los seguros Sob a Montanha, mas errou quando pensou que sozinho, poderia derrotar Amarantha. Eu tentava fazer isso a décadas, e nunca sequer consegui uma brecha.

A encontrei na Sala do Trono, conversando com Attor e com outros de seus capangas.

- Tragam o Grão-Senhor até aqui. Agora. - Ela disse.

- Espere. - Eu interrompi. - Vossa Majestade, me autoriza a lhe aconselhar?

Amarantha confiava em mim, ainda mais depois do episódio do Calanmai.

- Diga Rhysand. - Ela respondeu.

- Eu não acredito que matar Kallias seja a melhor opção. Afinal, ele já está aqui, sob seu comando, seu controle. Ele não tem filhos ou Herdeiros diretos. Sabe-se lá quem herdaria a coroa. Com os rebeldes mortos, a Senhora tem controle sobre ele. Kallias não arriscará mais vidas de seu povo, eu o conheço. Isso só ir causar mais problemas. - Tentei debater.

Ela me encarou por um tempo, como se quisesse ler algo. Permaneci com a expressão neutra. Confiante no que havia sugerido.
Ela bateu os dedos no braço do Trono, o anel com o olho de Jurian reluzindo.

- Certo... é, talvez você esteja certo. Deixemos o Grão-Senhor em paz. - Ela ficou em silêncio por um tempo. - Vá para meu quarto, me espere lá.

Estranho, eram raras as vezes que Amarantha me fazia ir pra o quarto durante o dia, ela me atormentava mais durante a noite.

Fiz uma reverência e segui até seu quarto.

Ela apareceu cerca de meia hora mais tarde.
E foi longo... eu não fazia ideia de quanto tempo ela havia me mantido ali. Mas haviam sido horas.

Eu estava acabado. Me sentindo um nada. Porque cada dia era mais difícil, cada dia as horas demoravam mais para passar. Cada vez eu sonhava mais em acabar com aquilo. E cada vez isso se tornava ainda mais difícil.

Depois que Amarantha finalmente saiu do quarto, fui para os aposentos que eram destinados a mim, mas onde eu nunca dormia.

Tomei um banho. Fiquei por um bom tempo tentando me tranquilizar, me estabilizar.

Eu estava em meu quarto quando Nuala apareceu.

- Senhor, tenho algumas notícias. - Ela disse.

- Diga. - Pedi.

- Aparentemente, Amarantha enviou ou está prestes a enviar soldados para a Corte Invernal. - Ela começou contou.

Meu sangue parou de correr por um segundo. Me lembrei de Viviane, a melhor amiga de Kallias, que também era uma grande amiga de Mor.

- Sabe quais soldados devem ser enviados? - Questionei.

- Aparentemente, os da guarda pessoal de Amarantha. - Ela respondeu.

- Ok, obrigada. - Agradeci.

Fui o mais rápido possível até onde os guardas estariam. Eu precisava dar um jeito, talvez manipular suas mentes, qualquer coisa.

Mas quando os encontrei, eles pareciam já ter voltado. Não... não poderia.

Entrei em suas mentes. E o que eu vi...

A Corte do Príncipe SombrioOnde histórias criam vida. Descubra agora