Por Acaso [Kim Namjoon]

𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐬𝐞𝐦 𝐟𝐢𝐦

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𝟏𝟐:𝟎𝟎𝐚𝐦
 
Aquilo era assustador, aquela pobre menina nunca pensou que simplesmente estaria ao lado de um assassino, se é que poderia chamá-lo daquele jeito, Chanye parecia apenas mais um gato assustado agora, o que a deixava ainda mais nervosa. Eles estavam na estrada já faz um tempo, ele estava nervoso, batia algumas vezes contra o volante se perguntando, "o que eu faço agora?!", nem ela sabia responder, ela só queria fugir dali, encontrar a polícia e sua família.
 
– Você não vai me machucar, vai? – Perguntou a ele mais uma vez que então olhou para ela, enxugando a própria testa por onde escorria suor. Estava desesperado, e a feição que Chanye transmitia a ela, dava medo.
 
Chanye: Se eu realmente quisesse fazer isso... Já tinha feito! Só fica quieta e me deixa pensar, tá bom? – Ele balançou as mãos como se pedisse calma a ela e assim que chegaram próximo ao posto de gasolina, onde ele e seu irmão estiveram outro dia, estacionou.

Ele realmente não sabia o que fazer, então apenas olhou para a loja de conveniências e suspirou profundamente. – Você… pode correr até lá? Peça ajuda ao atendente. – Ela já ia abrindo a porta do carro, quando ele simplesmente a segurou pelo braço. – Mas seja cautelosa, eu só estou fazendo isso porque eu sei que meu irmão vem atrás de mim, mas explique a eles, diga que a casa está cheia de gente, e se a polícia sair invadindo corre o risco daquelas meninas não sobreviverem… agora vai. – Disse e então a soltou, vendo-a descer rapidamente da caminhonete e correr em direção à loja,  e diante disso, Chanye pisou com força no acelerador, saindo de lá o mais rápido possível. Ele precisava se livrar daquele corpo e talvez, só talvez, voltar para a casa, ele não sabia como as coisas iriam acontecer a partir daquele momento, mas soltar aquela menina, foi o melhor coisa a se fazer, já que agora sabia que ia ser mais difícil salvar as outras, ainda que ninguém desconfiasse de nada.
 
Enquanto isso, a primeira garota, Baek Joon, voltava a recobrar sua consciência para a enorme sorte do policial. Na verdade ele estava com sorte até demais após algumas horas depois, receber uma ligação, de seu colega, que o informou que outra garota foi encontrada, algum tempo depois do balconista daquela loja de conveniência ter ligado para a delegacia ao ver aquela garota desesperada à sua frente. Ele ficou tão assustado, mas manteve o controle e cuidou dela até a polícia chegar.

Aquele policial que antes achará Baek Joon ficou tão afoito com a notícia que quase caiu do banco de espera do hospital enquanto falava ao telefone. – Estamos levando ela para o hospital, então nos aguarde – Foi a informação que recebeu, e assim como a primeira, eles manteriam o caso em sigilo, até que fosse preciso informar as famílias que elas estavam bem, embora mais um pouco de pânico tenha sido causado após Beom Seok enviar as imagens falsas que Chanye tinha batido anteriormente, pareciam mais reais agora.
 
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S/N

"O que vocês estão fazendo?! Estão esperando mais uma vítima para poder agirem? Minha filha… Minha preciosa filha está morta! E eu se quer posso enterra-la decentemente! O que vocês vão fazer em relação a isso? Quando vão pegar esse assassino! Quando vão atrás da pessoa responsável por isso?!" – Um ardor lhe subiu a boca do estômago ao ver uma mãe chorando, eram tantas perguntas, sem respostas.

Voltava a ver televisão outra vez, mesmo que fosse contra a indicação de Jung. Ver aquilo lhe doía no coração, sentia o sofrimento daquela mãe angustiada, ela estava praticamente acampando em frente a delegacia, assim como as outras famílias em buscas de respostas, soluções, então naquele momento a única coisa que você fez foi unir as mãos em clemência e fechar os olhos, passando a rezar em tom baixo, na esperança de Deus lhe ouvir naquele momento, pedindo à ele para que Beom Seok não machucasse mais ninguém. Não costumava ser muito devota, mas aquela altura, todas as formas de ajuda, eram bem vindas. Será então que Deus tinha posto um anjo na vida daquelas meninas, Chanye, capaz de ter salvado as duas primeiras que por pouco não foram vítimas – assim como as outras não seriam – Pena que nem você e nem ninguém sabiam disso.