Capítulo 91

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Estaciono o carro na frente da casa do Apolo e da Karina e espero um pouco dentro do carro. Meu plano era ir até lá, tocar a campainha e quando ele atendesse eu o beijaria. Mas, agora, esse plano parecia estupido demais.
Quando finalmente crio coragem pra sair do meu veículo, a porta da casa se abre e o Apolo sai com um homem de uns trinta e cinco anos.
-Acho que você está perdendo a oportunidade de ser feliz.
-Mas eu estou machucado!
-Pensa com carinho em tudo o que te falei, tá? Agora realmente preciso ir que o meu boy está me esperando.
Os dois se abraçam.
-Se cuida, viu menino?
-Obrigada por tudo!
-Pode contar comigo pra tudo.
O homem se despede com um aceno e vai pro seu carro, indo embora. Eu me escondo pra não ser visto.
-O que você está fazendo aqui?
Congelo na hora.
-Eu falei contigo, menino!
Nessa hora me viro e seus olhos se arregalam, surpreso.
-Não esperava te ver aqui, Anthony!
Sem cerimônia alguma ele me abraça.
-O Apolo fala tanto de você que parece que te conheço há anos.
Dou um meio sorriso, um pouco constrangido.
-Eu soube da briga de vocês e saiba que estou totalmente do teu lado.
Olho pra ele confuso.
-E quem é você?
-O Apolo não falou de mim pra você? Eu sou o Júlio! Muito prazer!
Então aquele era o famoso amigo do pai do Apolo!
-Ele falou sim! Eu que sou um cabeça de vento.
-Mas agora responde minha pergunta. O que o senhor estava fazendo escondido atrás do jardim do meu amigo?
-Ah, ele me pediu pra vir...
-Vocês estão brigados.
-Tá, você me pegou. Eu tinha o plano de ir até lá e tacar um beijo nele pra ele me perdoar.
-Hum. Gostei da ideia. Mas está precisando de um toque de Júlio. Venha, vamos colocá-lo em prática!
-Mas você não tinha um encontro?
-Ah, agora você é fofoqueiro também?
-Desculpe ter escutado sua conversa.
-Vamos. Temos um relacionamento que concertar.
Júlio toca a campainha e o Apolo logo abre a porta.
-Você esqueceu alguma coisa?
-Não, só tinha um menino espiando pelos arbustos.
Ele me puxa e dou de cara com o Apolo me encarando.
-Anthony!- fala ele meio sem ar
Júlio me olha e faz um sinal afirmativo com a cabeça.
-Bom vou deixar vocês a sós!
Respiro fundo e tento tomar coragem pra executar meu plano.
-O que você quer?
E aí meu desejo fala mais alto. Avanço no Apolo tomando seu rosto com as mãos trêmulas. Seu toque me dá um arrepio e uma corrente elétrica passa pelo meu corpo. Eu estou tão nervoso como quando nos beijamos pela primeira vez, naquela Waffle House.
-Quando você vai tomar coragem e me beijar?
Olho pra ele espantado. Eu pensei que ele me rejeitaria assim que eu chegasse.
-Você é um medroso.
E ele une as nossas bocas com um beijo desesperado, cheio de desejo que faz meu coração explodir de felicidade.
-Te amo te amo te amo te amo te amo- sussurro no ouvido ele
Ele me beija novamente, mais calmamente desta vez.
-Eu também te amo Anthony Thomas Miller.



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