-Femanta: nada- respondemos em uníssono, foi quando percebi que ainda estava segurando a mão da Samanta e a soltei.
-Vi: hum sei, trouxe umas roupas pra vc amiga, já que as suas foram cortadas.
-Samanta: que? Cortaram minhas roupas?- Samanta se assustou e ergueu a coberta pra ver como estava vestida, foi quando se deu conta que estava apenas com a roupa do hospital e a coberta por cima, se não fosse a maquiagem aposto que ela estaria corada agora, ela puxou a coberta pra cima de si novamente e a segurou como se estivesse nua.
-Felipe: calma Sam, não dá pra ver nada, não se preocupa- falei me referindo as feridas, a msm entendeu e deu uma relaxada.
-Vi: mas então, como vc está amiga? O que aconteceu? Como vc foi ter hemorragia interna?
-Samanta: não sei amiga, acho que foi pq eu cai da escada ontem, mas não senti nada na hora, por isso não fui ao hospital.
-Vi: meu Deus Samanta como vc foi cair da escada?
-Samanta: aí amiga, vc me conhece né, eu sou um desastre ambulante- não sei pq, mas eu não acreditava em uma palavra que a Samanta dizia, mas não iria falar isso na frente da Vi né, talvez ela não queira contar.
-Vi: bom eu só vim ver como vc estava e deixar essas roupas, já que está bem eu vou indo, marquei de tomar café com a Buru-ela foi embora, então fui até a porta e a fechei, me voltando pra Samanta e me aproximando lentamente dela.
-Felipe: eu não acreditei em uma palavra do que vc disse sobre ter caído da escada.
-Samanta: pq não?
-Felipe: vc não me pediria segredo pra algo assim, então pode começar a falar, quero a verdade- me sentei na cama a olhando e a msm abaixou a cabeça.💭Samanta on💭
Eu sabia que Felipe não desistiria tão fácil e que mais cedo ou mais tarde eu teria de contar toda a verdade, respirei fundo e comecei a chorar lembrando de tudo o que havia acontecido.
[Flashback on]
Ouço o a campainha tocar, atendo o interfone e pergunto quem é, logo escuto minha confirmação, era Gabriel, meu encontro às cegas de um aplicativo que a Vi me forçou a baixar, abro um sorriso e abro a porta de casa logo desfazendo o msm
-Samanta: Vc não é o Gabriel- falo olhando a foto do msm no meu celular, vejo um sorriso perverso se formando em seu rosto, vou pra fechar a porta e o msm a empurra com força entrando pra dentro da casa.
-Xxx: não eu não sou o bonitinho da foto, mas vc é bem mais gata pessoalmente- meu coração começa a acelerar, eu fico sem reação por alguns segundos
-Samanta: o que vc quer de mim? Sai da minha casa, ou eu vou gritar- ele apenas sorriu, como quem dissesse "grita, tenta a sorte" puxei o ar como se realmente fosse gritar e senti meu rosto arder com um tapa o msm havia me dado, coloquei a mão no rosto instatanemente o olhando.
-Samanta: quem é vc e o que vc quer?
-Xxx: eu não vou falar meu nome, pra vc me denunciar pra policia depois, mas pode-se dizer que eu sou o seu pior pesadelo, o que eu quero? Me divertir, claro.
[Flashback off]
Respirei fundo e segurei o ar por alguns segundos, tirando forças de onde não tinha e comecei a falar em um tom baixo, porém alto o suficiente para que Felipe pudesse ouvir.
-Samanta: a Vi me fez baixar um app de encontro online e me obrigou a sair com um cara lá, conversei com ele por 2 dias, então resolvemos que íamos sair no sábado a noite, quando chegou o sábado como combinado ele chegou até a minha casa, mas quando abri a porta, me dei conta de que o cara que estava lá, não era o msm da foto do app, foi quando percebi que havia sido enganada, tentei fechar a porta mas ele não deixou, a empurrou com força e entrou, eu ameacei gritar e ele começou a me bater muito, primeiro deu um tapa no meu rosto, ele pareceu gostar tanto da sensação de causar dor a outra pessoa e então fechou a mão e depositou um soco no meu rosto, foi quando eu cai no chão, não sabia o que fazer, então ele começou a me chutar com muita força, ele deu chutes tão fortes no meu estômago que cheguei a vomitar sangue, quando ele viu que eu não tinha mais forças pra gritar, muito menos pra lutar contra ele, ele me arrastou até o meu quarto, eu estava com tanta dor, que mal podia respirar, nem sei como estou viva agora, ele me jogou em cima da cama e...e...e...- eu não conseguia falar, só conseguia chorar, olhei pro Felipe e o mesmo me olhava abismado, com lágrimas escorrendo por seu rosto como se já estivesse entendido o que aconteceu, abaixei a cabeça novamente e continuei falando- quando ele fez tudo o que queria fazer cmg, me deixou jogada no chão do meu quarto e foi embora, fiquei lá por horas chorando tentando recuperar minhas forças, até que com muito esforço consegui me levantar, tirei aquelas roupas o mais rápido que consegui, estava com nojo das roupas, com nojo de mim msm, entrei no banho e fiquei durante horas me esfregando, eu podia jurar que ainda estava sentindo o cheiro dele em mim, o que só me deixava com mais nojo, doía muito mas eu não conseguia parar de esfregar, quando finalmente achei que tinha conseguido me livrar do cheiro dele, fui até o meu quarto novamente, peguei uma calça e uma blusa de moletom, pedi um uber e vim pro hospital, fiz uma bateria de exames, passei meu domingo aqui, fazendo todos os exames possíveis, sai da qui quase na hora de ir pra netolab, eu resolvi ir trabalhar msm estando exausta e destruída por dentro e por fora, pq eu não queria ter que contar pra ninguém o pq de eu não ir trabalhar, mas isso não impediu nada, pois cá estou eu, te contando tudo o que aconteceu.
-Felipe: vc tem que ir até a polícia Samanta, isso é muito sério.
-Samanta: eu fui, eles disseram que não tinham provas suficientes, a não ser pelos hematomas, nenhuma câmera de segurança registrou ele e fui eu quem o "deixou" entrar na minha casa.
-Felipe: Mas tem DNA, tem exames que podem comprovar o que aconteceu.
-Samanta: lembra que eu disse que fiquei horas no banho? Eu tirei do meu corpo qualquer prova que poderia ter contra ele, fizeram uma vistoria na minha casa, mas não acharam nada.
-Felipe: eu sinto muito Sam, só no Brasil msm pra coisas assim acontecerem e o infeliz sair ileso- eu apenas fiquei em silêncio a abaixei a cabeça, Felipe se deitou ao meu lado e me abraçou, coloquei a cabeça em seu ombro e ele começou a acariciar meus cabelos enquanto nós dois choravamos juntos, não sei bem quando ou como aconteceu, mas acabamos pegando no sono, eu acordei depois de algumas horas com a enfermeira que veio ver como estavam os pontos da cirurgia e trocar meu soro, eu tive que me mexer a acabei acordando Felipe que levantou da cama com cuidado pra não me machucar.
-Enfermeira: não precisa levantar não, se não está machucando ela vc pode continuar deitado.
-Felipe: não, não era pra mim ter dormido, eu tô bem em pé ou na poltrona- ele se esticou pra acordar o corpo e se sentou na poltrona novamente, segurando em minha mão, eu estava em silêncio, não tinha forças pra falar nada, a enfermeira ergueu o "vestido" que eu estava usando, até a altura dos seios, sem que os msm ficassem a mostra, a coberta estava tapando do meu quadril pra baixo, pude sentir o olhar preocupado de Felipe olhando para os pontos e para os hematomas.
-Enfermeira: ótimo, os pontos estão bem, não tem sinal de infecção e pelo que vejo nem vai ficar cicatriz- ela falou sorrindo e me olhando, eu dei um sorriso sem mostrar os dentes, a msm trocou o soro, abaixou o "vestido" novamente e ia saindo, quando da porta ela parou e se virou pra nós.
-Enfermeira: posso falar uma coisa?
-Felipe: pode sim.
-Enfermeira: vcs formam um casal lindo, parecem feitos um para o outro- ela nem deu tempo de um de nós dar uma resposta, saiu e fechou a porta logo após fazer o comentário, Felipe pareceu ignorar e continuou a conversa como se nada tivesse acontecido.
-Felipe: vc está quieta, tá tudo bem?
-Samanta: eu não sei o que falar, a minha vida está de cabeça pra baixo e temo não me recuperar desse trauma.
-Felipe: vai dar tudo certo, esse ocorrido vai marcar sua vida pra sempre, mas vc é mais do que isso, vc vai superar e seguir em frente, eu tenho certeza disso.
-Samanta: vc fala como se fosse a coisa mais simples do mundo, eu acho que vou ter que voltar a morar com a minha mãe, eu não vou conseguir morar sozinha tão cedo.
-Felipe: vc pode ir morar comigo, eu te prometo que na minha casa, ninguém vai te fazer mal algum.
-Samanta: mo-morar com você? Pirou foi?
-Felipe: pirei pq? Pq quero te ajudar a se recuperar desse trauma? Se for sim, eu pirei e eu não aceito um não como resposta, assim que vc receber alta vc vai pra minha casa.
-Samanta: eu sou adulta sabia? E minha mãe mora aqui na cidade, não é como se eu não tivesse pra onde ir.
-Felipe: sua mãe, até onde eu sei pelo que vc fala, vive pegando no seu pé e trabalha o dia todo, como ela vai cuidar de vc? Vc vai pra minha casa e ponto final- apenas fiquei em silêncio olhando pra ele, ficamos parados por alguns minutos, até sentir meus olhos pesarem e dormi.
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Femanta o recomeço
Fanfictioneu comecei uma fic bem parecida com essa a um tempinho, mas parei devido as coisas que Felipe dizia sobre shippar membros da equipe e tbm por respeito à Bruna, mas já que os dois terminaram, eu reescrevi a fic e vou resposta-la, não vou colocar na f...