38° Esclarecimentos

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21 anos atrás...

Eu estava escondida novamente, enquanto meu pai me procurava com uma garrafa de bebida na mão, ele nunca me tocou de forma sexual, mas era nítido os hematomas e cortes de vidro ao longo do meu corpo.

O amanhã chega, e mais uma vez acordo dentro de meu guarda roupa, pequeno e apertado, des do dia em que minha mãe morreu aquela era minha realidade, meu pai, agora calmo, dormia na poltrona da sala. Eram 07:04 da manhã, vou ao banheiro ligando o chuveiro, a água era gelada e ardia meus ferimentos, meu pai nunca se importou em concerta-lo, troco de roupa ainda no banheiro, sempre usava roupas compridas mesmo em épocas de calor extremo, não queria que descobrissem meu machucados, isso seguiu até meus 16 anos.

Nessa época, eu conheci um homem, ele era carinhoso, divertido e protetor, ele soube tudo o que meu pai fazia comigo, eu pedi a ele que não contasse para ninguém, de tanto eu insistir o mesmo concordou, quando eu completei 17 começamos a sair de verdade, eu conseguia ir na casa dele quando seus pais não estavam, nós tínhamos vidas oposta, eu morava em um dos bairros mais pobres daquela cidade, ele tinha mordomos que o acordaram para ir a escola, mas mesmo assim era humilde, foi nessa época que eu engravidei e mesmo assim meu pai me batia, por conta disso fui internada várias vezes, por dias, no dia da primeira ultrassom descobrimos que éramos gêmeos, mas por ser pouco tempo ainda não conseguíamos saber o sexo de cada um, ele ficou feliz, eu também, mas estava com medo, "vou ter que largar meu estudos" era o que passava na minha cabeça, por mais que ele parecesse empolgado com as crianças ainda poderia existir a chance do mesmo me abandonar.

Quando seus pais descobriram ficaram furiosos, não acreditavam de forma alguma, quando sua mãe soube que eram gêmeos me fez a seguinte propostas:

-Quando você der a luz terá que me entregar uma das crianças, caso recusar, terá que aborta-los. Meu filho já tem dezenove anos e já está comprometido com outra mulher, infelizmente ela é seca e não pode dar herdeiros, mas são os negócios de nossa família, é você não deve se intrometer.

Ela me deu um dia inteiro para mim pensar. Aquilo foi como uma facada no meu coração eu o amava, mas amava Tam bem as crianças, eu não queria escolher um dos meus filhos para entregar a estranhos, mas sabia que qual deles fosse, teria uma vida mais confortável. Eles pagaram os exames, tudo para as crianças ficarem bem. Três meses depois eu depois eu descobri que os gêmeos eram de gêneros opostos, mas dessa vez eu tive que comemorar sozinha, quando dei a notícia eles disseram que iriam ficar com o menino.
Depois do parto eu não pude ver o rostinho dele, apenas me trouxeram a menina, eu chorei, chorei por não ver meu filho, mas também chorei por sentir que agora eu tinha uma companhia, ela me lembrava minha mãe, então a batizei com o mesmo nome, Lavinya, agora seríamos eu e ela contra o mundo.

Sete anos se passaram, eu agora com vinte e quatro trabalhava de garçonete em uma cafeteria movimentada da cidade, Lavinya estudava de manhã e a tarde ficava com uma amiga de sala. A noite eu também trabalhava, em um hospital Centro ao Câncer, de faxineira, assim ganharia um dinheiro estra enquanto Lavinya dormia em uma cama improvisada na dispensa, não poderia nem imaginar o que poderia acontecer com ela se a deixasse em casa com meu pai.

Calma que tem mais desgraça pela frente ;^;

Entre Mundos(imagine Kakashi Hatake)Onde histórias criam vida. Descubra agora