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desculpe qualquer erro.




Ao parar em frente a faculdade de Jisung o vi com o chan enquanto conversavam animadamente no portão, peguei alguns lenços e enxuguei meu rosto, passei o trajeto inteiro chorando que nem uma criança e me sentindo um merda que nem quando eu me sentia quando era um adolescente passando pela puberdade. Me olhei no retrovisor e suspirei, acho que eles não perceberiam né.

- Oi meu bem, porque quis vir me buscar hoje? Não precisava.

- Eu queria te ver - sorri me virando para o mesmo.

Seu sorriso morreu no mesmo momento.

- Ei o que aconteceu? Você estava chorando?

Senti meus olhos encherem d'água de novo.

- Outra hora meu bem.

- Vai ver ele queria muito te ver ao ponto de chorar - bang chan disse distraído enquanto fechava a porta.

- Vamos conversar sobre isso - Jisung sussurrou para mim.

Liguei o carro e partimos para a casa do mais novo, o caminho inteiro eu tentei não chorar em nenhum momento, seria vergonhoso para mim, para um homem como eu chorar assim por paranoias.

O problema de tudo é que eu entendo que seja mesmo paranoia, ou apenas coisas ruins na minha cabeça mas por que isso estava me afetando tanto? Tentei pensar em coisas do passado que talvez poderiam ter me dado gatilho mas eu não conseguia lembrar de nada.

Para um herdeiro da máfia eu tive uma vida ótima, meus pais, irmã e familiares estão vivos e vivendo bem, me criaram com muito amor e carinho mas por que meu coração está doendo por apenas esses pensamentos ruins?

Bufei sentindo meus olhos aderem, será que estou sensível por causa de todo trabalho? será que estou exausto mentalmente? minha vida está perfeita e eu não tenho motivos para reclamar, tenho o melhor namorado do mundo, tenho casa, saúde, dinheiro, um apartamento com o meu amado e isso tudo agora não parece ser o suficiente.

Será que estou me deixando levar demais por minhas emoções?


- Chegamos, que cansaço - despertei dos pensamentos com chris saindo do carro batendo a porta com mais força que o normal.

- Ei - meu rosto foi virando lentamente na direção do Jisung - Vamos entrar, você precisa lavar esse rosto e tomar uma agua.

Apenas assenti e sai do carro, esperei Jisung fazer o mesmo e o tranquei. O menor veio ao meu encontro e me abraçou de lado me carregando para dentro de sua casa.

Quando entramos bang chan já não estava mais lá, provavelmente havia subido, me sentei no sofá e esperei.

- Aqui, toma tudo - Jisung chegou ao meu lado com um copo d'água.

- Obrigado.

- Você sabe que pode contar comigo pra tudo não sabe? Eu estou aqui com você para o que der e vinher - assenti sentindo um nó na garganta.

- Eu me sinto mal, muito mal - falei com a voz embargada.

- E por que?

- Eu não quero te assustar mas acho que tem mais coisas para vir ai e eu não acho que vou conseguir proteger você - comecei a chorar sentindo meu nariz escorregar - Eu sinto muito me desculpa por não conseguir cuidar de você, da última vez eu deixei você ir e isso te fez mal, eu sou uma péssima pessoa, eu nunca quis o seu mal eu juro mas as vezes eu não consigo ser forte o bastante para cuidar de você.

- Minho - o mesmo se abaixou na minha frente - Quando eu aceitei namorar você eu estava ciente dos meus riscos, eu entendo que vou passar por momentos difíceis, eu entendo que também não é saudável viver assim mas foi uma escolha que eu fiz, o que tiver que vir vamos enfrentar juntos, eu vou te proteger e você vai me proteger.

- Eu não sei se sou capaz disso - tentei limpar meu rosto molhado.

- Você é sim, você sempre esteve aqui quando precisei, você manda homens pra me vigiar você acha que eu não sei? - sorri para o mesmo - Eu vejo o seu esforço pra me ver bem, todos nós temos um limite minho, você não pode fazer tudo mas na minha concepção o que você faz já é o suficiente, eu me sinto seguro ao seu lado.

- Que bom que se sente assim, não acho que seja o suficiente.

- É claro que é, agora me abrace vem cá - o puxei para o meu colo o abraçando.

- Me desculpa por isso.

- Esta tudo bem, quando estiver se sentindo assim apenas coloque para fora,  não guarde nadinha com você - senti seus dedos fazerem um cafune em meus cabelos.

- Eu te amo.

- Eu sei disso.

- Obrigado por me ouvir - esfreguei seu rosto em seu peito começando a me sentir bem novamente.

- Nós dois por nós, estamos ligados um ao outro, se você está triste eu também estou - pegou em meu rosto e limpou a lágrimas que caíam.

- Você não parece estar triste.

- Shh - eu ri.

- O que seria de mim sem você? - ele sorriu.















destiny - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora