PRÓLOGO

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LIRA COOPER

Fecho meus olhos deixando que minhas mãos passeiem pelas teclas do piano, deixando a melodia tomar conta  e transformando tudo o que estou sentindo em música, sinto meu coração vibrar enquanto escuto a melodia tomar conta de toda sala e sorrio qua...

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Fecho meus olhos deixando que minhas mãos passeiem pelas teclas do piano, deixando a melodia tomar conta  e transformando tudo o que estou sentindo em música, sinto meu coração vibrar enquanto escuto a melodia tomar conta de toda sala e sorrio quando escuto tio Sam suspirar.

Eu aprendi a tocar quando tinha três anos e não parei mais, minha avó materna me mostrou a magia do piano e eu me vi apaixonada e essa paixão foi crescendo e se aflorando com o tempo, eu sempre amei ver minha avó tocar amava a forma como seus dedos andavam com agilidade pelas teclas e como a música tomava conta de todo o ambiente fazendo meu coração se aquecer, ela tocava uma música nova e então me ensinava logo depois nos duas fazíamos bolo de chocolate com morango e em dias de tempestades fazíamos bolinhos de chuva, nós comíamos enquanto enquanto ela falava de sua juventude e logo depois eu lia um dos meus muitos livros para ela.

Eu amo tocar e definitivamente a parte mas importante de mim é  a música, eu coloco todos os meus sentimentos para fora e toco com todo meu coração, deixo meus dedos livres e minha mente limpa, eu gosto de como os olhos dos meus pais brilham quando eu toco, gosto da forma orgulhosa como minha mãe é irmã me olham como se me assistir tocar fosse a melhor parte de seus dias, meu pai sempre falou que a música tinha nascido comigo e que minha alma transbordava em alegria quando eu tocava, ele sempre falou que dava para ver em meus olhos todo o amor que eu tentava mostrar parar as pessoas quando tocava.

- Querida, está na hora de ir - tio Sam se aproxima e abro meus olhos o olhando - Todos já foram embora - olho em volta na sala e realmente não tem mãos ninguém - A escola tem que fechar.

- Ok - sorrio e me levanto pegando minha bolsa que estava do lado do banco - Desculpe eu me animei outra vez.

- Está tudo bem, mas é melhor irmãos ou sua mãe me mata se nós chegarmos atrasados para o jantar de aniversário dela.

Tio Sam é  irmão gêmeo da mamãe, eles são unha e carne e apesar de quase sempre estarem brigando por qualquer motivo bobo, eles são muito apegados e o Tio Sam sempre esteve presente em nossas vidas e já que papai não tem irmãos como nosso único tio, nossas vontades e mimos eram sempre atendidas e como ele sempre estava presente consequentemente minha prima Ayanna também estava, ela tem a mesma idade que eu e como sua mãe morreu quando ela tinha dois anos minha mãe acabou praticamente a adotando, tanto que eles dois viveram com a gente até Ayanna fazer doze anos que foi quando meu tio decidiu que precisava de uma casa para si, mas é claro que isso não nos afastou já que eles moram a quatro casas de distância da minha e Ayanna vivi mais na minha do que na dela.

Nos duas somos um grude sempre juntas aprontando e nós metendo em encrencas, ela me conhece como ninguém e o mesmo para mim, eu não sei como seria se eu não tivesse minha confidente para todas as horas.

- Sabe de uma coisa - meu tio fala depois de estarmos na estrada por um tempo - Eu acho que vou fazer uma viagem com Ayanna, desde que ela começou a namorar eu sinto como se estivéssemos nos afastando.

- Na verdade ela acha que você está com ciúmes e não sabe como falar sobre o namoro - olho para ele sorrindo - A viagem vai ser boa ela vai amar se forem para Paris, um momento pai e filha vai ser divertido para ela.

Ele sorri e eu me inclino no banco para colocar uma música, vejo ele franzir o senhor enquanto olha para o céu - Está começando a chover, mande uma mensagem para sua mãe avisando que iremos chegar tarde.

- Ok - pego meu celular entrando no contato da mamãe e é quando escuto uma buzina alto o som irritante de pneu derrapando e então um grito de meu tio.

Tão rápido quanto em um piscar de olhos eu sinto o impacto e perdendo o fôlego eu fecho os olhos, sinto o carro capotar e o barulho alto de metal amassando toma conta de tudo, minha cabeça bate diversas vezes contra a janela, já não escuto mais o meu tio e quando tudo para consigo somente ouvir a música " Sugar " de Maroon 5 tocar no rádio, a dor toma conta de tudo, quando olho para o lado vejo a imagem borrada de meu tio desacordado enquanto está coberto de sangue, tento levantar minha mão mas não consigo, assim como não consigo falar e a dor é tão insuportável que lágrimas descem dos meus olhos sem controle e quando tudo começa a girar e escurecer, eu já não sinto mais nada.

Minha avó sempre falava que quando estamos a beira da morte um filme de toda nossa vida passa diante de meus olhos, mas tudo oque eu conseguir ver foi escuridão, dor e medo. Eu só tenho dezesseis anos como posso morrer agora? Quando tenho uma vida inteira pela frente, como algo tão injusto pode acontecer? Mas então o som do bip tomou conta do lugar e esse barulho insuportável parece que não vai parar nunca.

- Ela está acordando - escuto a voz inconfundível da minha mãe - Amor abra os olhos - sinto ela pegando em minha mão á apertando - A mamãe está aqui, abra os olhos.

Sinto minha mente muito confusa e não tenho ideia do que aconteceu, meu corpo está pesado e não consigo abrir meus olhos, minha mãe aperta minha mão com mais força e escuto o som da porta abrindo.

- Ela está acordando - logo sinto outra pessoa segurando minha mão.

- Querida é o papai - ele beija minha testa e então enfim abro meus olhos.

Só que... porque tudo está escuro? Será que não consegui abrir? Minha cabeça se enche de duvidas mas eu posso estudar minha mãe chorando e dando graças e eu também posso ouvir meu pai sussurrar com a voz chorosa.

" Você acordou, você abriu os olhos finalmente... finalmente você acordou"

Mas se eu abri os olhos porque rudo ainda está escuro? Se meus olhos estão abertos porque eu não vejo nada? Sinto minha respiração acelerar e as lágrimas tomam conta de meus olhos.

- Mãe - sussurro - Mãe porque as luzes estão apagadas? Porque... porque estão apagadas - minhas mãos começam a tremer e não tenho controle de meu choro.

- Amor do que está falando? - sinto ela se sentar do meu lado e segurar meu rosto - As luzes estão acesas.

- Então porque eu não vejo? - escuto então o choro de meus pais começarem - Mamãe por que eu não posso ver? Oque está acontecendo? Oque..oque - não consigo mais falar nada, alguma máquina perto de minha começa a apitar e meu choro se descontrola, quando tento me meche sinto uma dor aguda e alucinante na lateral do meu corpo que me faz gritar - Mamãe porque eu não posso enchergar?

................................VOTEM POR FAVOR..........................

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