Lira Cooper sonha em ser pianista, sonha em tocar para as pessoas o que tem dentro do seu coração, ela sonha em deixar emoção nas pessoas que vão escuta-lá, sonha em orgulhar seus pais e sua irmã, poder provar que não é uma inútil. Lira quer encont...
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Depois das apresentações meu pais deceram e logo Ayla e Eloá que grudou do meu lado segurando minha mão e ficou em completo silêncio.
E enquanto todos conversavam eu estava em silêncio sentindo Eloá brincar com meus cabelos curtos e sentindo do olhar de alguém preso em mim, antes do acidente eu sentia quando alguém me olhava e me sentia muito encomendada com isso sempre queria descobrir quem que mantinha tanta atenção em mim, e agora depois do acidente parece que quando tem alguém me observando a sensação ficou bem mais intensa e para ser sincera parece que sempre tem alguém me olhando e o tanto que isso me incomoda.
- E então Lira - alguém chama minha atenção e pela voz deve ser Gracie - O Duncan nos disse que você ganhou vários prêmios tocando com o piano, você vai seguir carreira com isso?
E então o silêncio absoluto toma conta do ambiente suspiro sentindo Eloá apertar minha mão e sorrio - Eu não tenho certeza, eu quero só estudar no momento.
- Hum porque você parou de participar das competições? - sinto um tom debochado na sua voz e já sinto minha garganta começar a arranhar.
- Não estou pensando em competições - meu nervoso aumenta e aperto a mão de Eloá.
- E porque não? - eu definitivamente não gostei dela.
- Mãe - Duncan fala em tom de aviso e reviro os olhos.
- Oque realmente quer me perguntar? - encaro exatamente onde sei que ela está - Me pergunte de uma vez.
- É que você é cega, eu só fiquei curiosa - o jeito como ela fala me faz sentir enjoo - Afinal não é todo dia que vemos uma pessoa sem visão ganhando prêmios.
- Você é uma vadia sabia - me irrito mas no fundo suas palavras me machucam, afinal como eu posso voltar a ganhar depois de perder a visão? Todos vão olhar para minha condição não para meu talento.
- Lira você pode... - minha mãe começa mas me levanto.
- Não tudo bem - me abaixo na direção de Eloá que segura firme minha mão e ela alisar meu rosto - Eu vou subir tá bem anjinho.
- Eu vou com você - ela fala pela primeira vez e gruda sua mão na minha.
- Lira você pode ficar - Ayla fala e sei que ela está triste.
- Eu vou ser um incomodo e eu estou sem fome, vou deitar.
- Lira você pode parar de ser fresca? - minha mãe fala e meu pai pigarreia.
- MÃE - Eloá grita e então me puxa, mas ela para nos pés da escada e sei que está olhando para trás - BRUXA - e então o som típico de quando ela dá língua para alguém e eu sei que isso não foi para minha mãe, porque Eloá costuma ignorar a presença dela.
