O Improvável I Pedro Scooby

01

-Você vai contar 5 segundos e abrir a porta, tá? 

Uma pessoa me instruiu e assenti. 

Parecia que eu ia desmaiar bem ali. 

Assim que ela saiu, contei os segundos pedidos e respirei fundo. Era agora. 

Abri a porta e dei de cara com um grupo de pessoas. 

Meu Deus. Eu estava no BBB. 

Oi? 

-Ai meu Deus. -Sussurrei vendo aquilo tudo. Eram muitas coisas ao mesmo tempo. 

O pessoal animou ao me ver e já vieram me abraçar. 

-Prazer, Mariana. -Me apresentei a todos. 

Abracei todo mundo e fui andar pela casa. Acho que eu fui a última. 

-Tu tem que escolher um quarto. -Acho que foi o Vini que falou. 

-Onde são? -Perguntei. 

-Tem aquele perto do banheiro e outro perto da cozinha. -Uma loira me respondeu. 

-Eu juro que não queria ser assim, mas vou escolher o quarto perto da cozinha. -Falei arrancando risada do pessoal. 

Prioridades, né? Prefiro ficar perto da cozinha do que dos banheiros. 

Fui até o quarto e quando abri a porta, me apaixonei. Era esse mesmo que eu queria. 

Cacei uma cama de solteiro e botei minhas coisas em cima da mesma. 

Depois disso, fui me juntar ao resto do pessoal. 

Nos sentamos na sala e ficamos conversando. 

O pessoal era legal.

-Gente, acho que vai entrar mais gente daqui a pouco. -Um homem barbudo disse. 

-Tem o pessoal do camarote, né? -Comentei. 

-Sim, eles podem entrar ainda hoje. -O mesmo homem falou. Preciso lembrar o nome desse povo. 

-Ou amanhã de manhã. -Uma menina disse. 

A dúvida era essa: Quando o pessoal do camarote ia entrar? 

Além dessa dúvida, queria saber quem entraria. Eu vi algumas listas, mas tudo era muito vago, só tinha certeza quando entrassem mesmo.

Depois da nossa conversa, o pessoal decidiu ir pra piscina, por isso botei meu biquíni e fomos todos pra lá.

Conversa vai, conversa vem, decidi ajudar no almoço. Era um almoço simples, mas ficou tudo muito bom.

-Gente, parece cedo pra isso. -Rodrigo começou a falar. -Mas tipo, a gente se conectou muito bem, independente das circunstâncias, poderíamos nos proteger.

-Também acho. -O pessoal concordou.

-Tipo, eles são camarotes, já tem uma visibilidade, somos apenas pipocas. -Eslô incrementou.

Ali eu notei que o povo está pra jogar mesmo, não tem nem 5 horas que estamos aqui e o povo já está falando de jogo.

Mas é assim. Eu que não posso dar mole, se quisesse curtir, ficava lá em casa com o meu Théo.

Horas depois...

- Essa roupa ficou tão bonita em você. -Bárbara me elogiou. -Nessa edição só tem mulher gata!

-Obrigada. -Sorri agradecida. - Você também está um arraso.

Ela agradeceu e disse que já era para irmos pra sala, o programa ia começar.

Todos nos juntamos no sofá e não demorou muito pro Tadeu aparecer.

-Olá, brothers! -A gente gritou em resposta. -Primeiro dia! Como vocês estão? 

Geral falou que estava tudo bem. 

-Nossa, mas tem pouca gente, né?

-Mas vai chegar mais. -Rodrigo disse convicto. 

-É mesmo? -O barbudo assentiu. -Nossa, então vamos esperar, né? 

Ai tem. 

Ele falou mais algumas coisas e depois foi embora. 

-Não é por nada não, mas acho que o resto do pessoal vai chegar hoje. -Falei enquanto me levantava. -Tipo, no final do programa ao vivo, sabe? Pra fechar com chave de ouro. 

-Você tem razão, pode ser mesmo. -Eli concordou comigo. 

-Oh, gente, outra coisa. -Jessi chamou nossa atenção. -A porta está fechada. 

-Eu estou falando... -Eu falei. -É hoje que essa casa fica mais cheia. 

E não deu outra, um tempo depois ouvimos gritos e a porta foi destravada. 

Quando saímos vimos uma galera vindo em nossa direção. 

Cumprimentei todos, mas nenhum me chamou atenção como um homem. 

-Prazer, sou o Pedro. -Ele falou enquanto me abraçava. 

-Prazer, Mariana. -Disse quando já estava nos separando. 

Só nesse abraço senti que poderia estar lascada. 

O homem me fez arrepiar da cabeça aos pés.