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Depois da minha conversa com Tiago, continuei deitada no gramado.

Estava pensativa.

O que Tiago havia falado, fazia total sentido. Eu precisava parar de pensar no amanhã e viver o hoje.

Por mais que depois eu venha me arrepender, precisava viver.

- Por que está sozinha aqui?

Tomei um susto quando vi a figura de Scooby aparecer.

-Pensando na vida. -Suspirei. -Senta aí.

Pedro atendeu meu pedido e sentou do meu lado, virado pra mim, em pernas de índio.

- Quer conversar?

- Eu tive um papo cabeça com o Tiago e fiquei assim, pensativa. -Respondi olhando pro céu. Hoje o céu estava lindo, todo estrelado.

-Isso é bom?

-Sim, ele me disse que é pra passar por cima das minhas inseguranças.

-Isso é verdade, o medo te prende. - Ele falou. -Imagina se eu tivesse medo quando fosse surfar, não seria nem 1/3 do que sou hoje.

-É, pra gente viver o melhor da vida, precisamos vencer os medos. - Disse e o encarei em seguida.

Não vou mentir, o clima que nasceu ali era nítido.

Ficamos nos encarando por um longo tempo, até que voltei a encarar o céu.

-Mari, você sabe que eu te respeito muito, né? - Ele disse depois de um tempo. Eu assenti. -Independente de qualquer coisa, de qualquer decisão sua, vou estar do seu lado, beleza? Tu é uma mulher incrível e não quero me afastar. Acho que você entendeu o que eu estou querendo dizer...

É, eu entendi.

Independente se a gente ficasse ou não, ele ficaria ao meu lado.

Esse homem é incrível.

- Você é maravilhoso.

Foi a única coisa que falei.

Pedro abriu um sorriso e se abaixou em minha direção, deixando um beijo na minha testa.

-Vou entrar. -Ele avisou se levantando.

Mas eu também me levantei, estava com fome.

- Também. -O respondi já me sentando. O tatuado esticou a mão pra me ajudar a levantar, o que prontamente fiz. -Estou com fome.

-Parece que tem uma lombriga na barriga, eu hein. -Scooby implicou. - Só sabe comer.

-Querido, estou fase de crescimento.

-Sua fase de crescimento parou quando você tinha 12 anos, nem se preocupe.

O encarei de boca aberta com sua comentário e eu ia dar um tapinha nele, mas ele foi mais rápido e correu.

-Você me paga, Pedro Scooby! - Falei rindo. - Que homem implicante, meu Deus.

Pedro só dava risada.

Onde eu fui amarrar meu burro, Brasil?!

Dia seguinte...

-Que calor, meu Deus. -Reclamei me abanando. 

-Eu não sei o que você está fazendo fora dessa piscina. -Bárbara comentou já dentro da água. -Aqui está maravilhoso, vem logo. 

-Vou entrar. -Falei já tirando o microfone, já estava de biquíni mesmo. 

Deixei o microfone em cima do sofá e pulei na piscina de uma vez. 

Quando submergi, fiquei conversando com o pessoal sobre assuntos aleatórios. 

O Improvável  I Pedro ScoobyOnde histórias criam vida. Descubra agora