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Quando o ao vivo terminou, me levantei e parti pra cozinha, precisava me acalmar antes que eu surtasse.

Eu estou onde convém?

Eu apunhalei os pipocas?

Eu só tenho amizade com os meninos pra arrumar aliados?

Que merda é essa?!

Isso me deixou irritadíssima.

-Linda, calma. -Pedro me abraçou. -Deixa eles falarem o que querem.

- Pedro, falaram que eu estou do lado de vocês por causa de jogo! -Esbravejei. -Mas vai muito além disso.

-Eu sei, Mari. -Ele disse. - Eu sei, o P.A sabe, o DG sabe, não se preocupe, quem tem que saber, já sabe disso.

-Não entendi nada do que o Rodrigo falou.

-Isso me deixou bolado "Por causa da história dela..." -Ele imitou o Rodrigo. -Que isso, mano? O que sua vida lá fora tem a ver com isso?

Suspirei me soltando de Pedro.

-Eu quero entender, mas ao mesmo tempo sinto que se for entender, vou brigar.

-Então espera...

Isso foi o que ele falou, mas quando olhei pra frente, lá vinha Rodrigo em minha direção.

Lá vem. 

-Olá, casal. -Rodrigo debochou.

-Tu achou bonito o que falou? -Me dirigi a ele de forma grosseira. 

-Achei super tranquilo. -Ele respondeu. 

-Cara, você é um idiota! -Soltei brava. 

-Sabia que eu estou no paredão por sua causa? 

-O que eu fiz?! 

-Deu  a imunidade pro Paulo, poderia ter me dado, eu estaria fora dessa situação. 

Abri a boca chocada com suas falas. 

Ele estava de sacanagem. 

-E botar o dele na reta? -Questionei cruzando os braços. 

-A gente se ajudava, sabia?  Achei que fossemos amigos. -Ele dizia em tom de decepção. 

-Eu só não entendo o motivo que me culpa tanto. -Falei calma. Ou pelo menos tentando ficar calma. -Sei que esperava isso de mim, mas o que posso fazer se tenho mais amigos do lado de cá? 

-Porque te convém, eu disse isso no jogo. -Ele rebateu. 

-Tá bom, Rodrigo. -Suspirei já exausta. -Eu não queria te dizer isso, mas se você está no paredão é porquê tem motivo. Se não tivesse, independente da imunidade, você não estaria. O seu próprio jogo cagou tudo. 

-Tu acredita nisso? -Ele me questionou. 

-Posso estar errada, mas acho que é isso. -Dei de ombros. -E amanhã a gente vai saber se é isso mesmo. 

-Se eu ficar, o negócio nessa casa vai mudar e muito. -Rodrigo falou e virou as costas, deixando eu e Pedro sozinhos na cozinha. 

Cara doido. 

-Deixa, linda. -Pedro me abraçou por trás e beijou meu rosto. -Vem, vamos ali fora. 

Ele me puxou até a área da piscina, sentou no sofá e me puxou para eu me sentar no meio de suas pernas. 

-Pegaram a menina pra apedrejar, né? -DG falou me olhando. -Mas não fica triste, Mari. Você  não é nada daquilo que eles falaram. 

-Eu falei isso pra ela. -Pedro me abraçou e eu me encostei em seu peito. -A gente sabe como ela é, o Brasil sabe o que ela é e isso que importa. 

O Improvável  I Pedro ScoobyOnde histórias criam vida. Descubra agora