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Fiquei ali no quarto por um tempo e quando me recompus, desci novamente.

-Está melhor, amor? -Pedro questionou me olhando.

Que beleza. Todos estavam na cozinha.

- Sim. -Sorri tentando passar confiança a ele. -Já comeram?

- Não, estávamos esperando a nossa líder do coração. -P.A respondeu fazendo um coração em minha direção.

-Vocês são fofinhos demais. -Beijei o rosto de cada um. - Bora comer então!

Jantei ali com os meninos e depois de um tempo, subi com Pedro.

-Fala o que rolou, minha princesa. - Ele pediu me abraçando. Estávamos deitados na cama, já arrumados pra dormir.

-Deixa, amor. -Suspirei. -Já passou.

-Passou não, me conta. -Começou um carinho em minha mão. -Te conheço o suficiente para saber que você não está legal.

Respirei fundo mais uma vez. Era melhor falar do que ficar com um nó na garganta.

-Eu fiquei meio mal porquê indiquei o DG. -Fui sincera. -Me senti péssima, me senti muito mal.

-Amor, mas ele mesmo disse que podia...

-Eu sei, Pedro. Mas fiquei mal do mesmo jeito, tenho um carinho muito grande por ele e não queria fazer isso. -Desabafei. -Chegamos em um patamar que terei que ser mais racional do que emocional.

-E você está certa, amor. -Ele disse. -Se um dia precisar me indicar, é isso ai mesmo.

-Que te indicar, garoto?! -Revirei os olhos. -Eu só tentei evitar uma confusão entre vocês mesmo. Sei que quando começarmos a nos votar, provavelmente teremos um desentendimento.

-Mas já está acabando, é por pouco tempo. -Beijou minha testa. -Fica tranquila, meu amor.

-Tentarei... -Murmurei me abraçando ainda mais a ele.

-Descansa, vou te fazer um carinho...

E assim ele começou a fazer um cafuné em minha cabeça, ou seja, peguei rapidamente no sono.

Até esqueci de P.A...

Dia seguinte...

-P.A, me perdoa, me perdoa. -Eu repetia sem parar enquanto o abraçava.

-Que viagem é essa, MariMari?

-Eu peguei no sono ontem e o seu amigo não te chamou pra dormir lá, não sei quem é pior. -Falei o encarando. -Me perdoa.

-Ih, esquece isso. -Ele beijou minha testa. -Sei que tu não estava legal ontem e o Scooby falou que tu apagou, relaxa.

-Te amo. -Me estiquei pra beijar seu rosto. Tive que me esticar mesmo, se já sou menor que Pedro, imagina de P.A, que é bem maior que o surfista. Esse povo gigante...

-Também te amo. -Ele sorriu.

Depois desse momentinho fofo, arrumei a cozinha e fui pra área externa pensar um pouquinho.

Estávamos passando pelos últimos dias nessa casa e isso é surreal.

Como seria sair daqui?

E meu relacionamento com Pedro?

E minha família?

Como seria viver longe de um pessoal que me apeguei e morei junto durante mais de 90 dias?

Que loucura...

-Amor, piscininha?

Sai de meus pensamentos com Pedro me chamando. Ele já estava sem blusa e em pé na beirada da piscina.

O Improvável  I Pedro ScoobyOnde histórias criam vida. Descubra agora