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Quarta-feira de sol no Rio de Janeiro. 

Tudo normal. 

O que isso resulta? Piscininha, claro. 

-Que calor do caramba. -Reclamei me apoiando na bóia que Pedro estava. -Tem nem condição de ficar torrando igual o Scooby. 

-Estou de boa. -O surfista falou indiferente. 

-Ele é doido. -P.A disse rindo. -Um calor desse. 

-Mas o Scooby é acostumado a ficar torrando no sol, fica não sei quanto tempo na praia. -Jade falou. 

-Linda, vou te levar pra surfar comigo. -Pedro disse aleatoriamente. 

-Eu não sei nem nadar direito, Scooby. 

-Mas vou te ensinar. -Ele falou. -A gente começa aos poucos. Vou levar o Theozinho também. 

-Não vai. -Tratei de negar. -O Theozinho é um bebê ainda. 

-Pode parar, o moleque tem 6 anos. -O gato me rebateu. -Não tem problema nenhum, não sou doido e vou cuidar direitinho dele. Sempre cuidei dos meus filhos, não vou cuidar do Theozinho? Tá muito louca...

-A gente marca direitinho com a família toda. -Paulo deu a ideia. -Vou surfar com o Scooby, seu irmão também vai, depois a gente bota as crianças e tudo certo. 

-Vou ficar igual o Peazinho, só com o pézinho na água. -Falei rindo. 

Essas coisas radicais não são comigo. Não mesmo. 

-Ela é chatona, mano. -Pedro jogou água no meu rosto e o olhei fingindo raiva. Mas não consigo ter raiva dele. 

-Você que é chato. -Joguei água nele também. 

-Isso é amor demais. -P.A falou nos olhando. 

-É notório. -Jade complementou. 

-Não gosto dele. -Dei de ombros. 

-Tem certeza? 

Pedro desceu da bóia e me apertou em seus braços. 

Sorri o abraçando pelo pescoço. 

-Mano, melhor casal que poderia ter. -Paulo André disse. -Eu quero ser convidado pro casamento, pra ser padrinho do filho de vocês. 

-Tu vai ser padrinho do Pedro Henrique Júnior. -Pedro disse ainda abraçado comigo e eu o encarei assustada. -Deixa ele se iludir, amor. 

-Palhaçada isso. -O atleta revirou os olhos. 

-Fui nem pedida em namoro, quanto mais saber nome de filho. 

Paulo e Jade fizeram um barulho engraçado.

-Mano, sente o rajadão. -P.A deu risada. -Errada não está. 

Pedro me encarava engraçado e eu dei risada. 

-Estou brincando, garoto. -Juntei nossos lábios rapidamente. -A gente pensa nisso depois...

-Tu escolhe outro nome. -Ele deu de ombros. 

Ai meu Deus. 

Assim meu coração não aguenta. 

Não aguento falar de filho com esse homem. O útero coça demais! 

-Imagina um filho nosso, amor? -Ele juntos nossos rostos e olhou pra P.A. -Daria um filho gato, né? 

-Se puxar a você, não muito. -Paulo André implicou. -Mas se puxar a Mari, pelo amor de Deus, vai sair bonito demais. 

-Vai sair bonitão mesmo. -Jade concordou com o parceiro. 

O Improvável  I Pedro ScoobyOnde histórias criam vida. Descubra agora