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- Vai precisar acontecer mais o que pra vocês me escutarem?

Esbravejei com os meninos entrando no quarto.

-Foram dois daqui. -Continuei minha fala. -Dois! Satisfeitos?!

-Era o que tinha que ser, amor. -Murmurou Pedro.

-Mas poderia ter sido evitado. -Rebati me sentando na nossa cama. -Vão precisar ir os três daqui?!

-É isso, mano. -Bufou P.A. -A gente voltando, é foco total. Esquece!

-A sorte é que a formação está indo mais pro lado de vocês. -Analisei.

-Exato. - Arthur continuou. -São vocês dois contra ele, basicamente.

-É isso, mano. - Pedro repetiu as palavras do amigo. -Seja o que Deus quiser e está tudo certo...

Olhei pra ele, que abriu um sorriso pra mim e senti meus olhos queimarem.

Por que eles fizeram isso?!

Eu posso perder o Pedro ou o P.A. Isso é surreal!

-Quero matar vocês! -Esbravejei e depois suspirei. -Mas também quero guardar vocês em um potinho...

-Oh, meu amor...

Pedro me abraçou e deixou um beijo em minha testa.

- Vai dar tudo certo, Mari. -P.A tentou confortar.

Ficamos ali em silêncio por uns minutos, mas P.A começou a falar.

Uma observação: Paulo André estressado era extremamente engraçado.

- Não preciso disso, se eu quiser, aperto o botão e vou ganhar prêmio lá fora!

Ele repetia sem parar. Ali não aguentei, soltei uma risada.

- Tá rindo do quê, Mariana?

-Você estressado fica engraçado. -Falei rindo.

-Caraca, mano. -P.A deu risada também. - Eu boladão e a mina rindo.

- Eu sou a alegria da vida de vocês, gato!

-É mesmo... -Os meninos concordaram.

-Olha a graça com a minha mulher, hein? -Pedro murmurou sério.

A gente deu risada e seguimos nosso papo.

Eu estava torcendo loucamente pros dois ficarem. Imagina Mariana sem Pedro pra perturbar? Tem condição não!

Só quero que os meninos fiquem.

Dia seguinte...

O clima não estava os melhores, mas segue o baile.

Pra ficar melhor ainda, Pedro estava extremamente pensativo. Eu precisava conversar com ele.

Mas onde o homem estava? Procurei pela casa inteira e nada. Até que fui na academia e lá estava o bonitão deitado no chão.

-Fala aí, gato.

-Oi, meu amor. -Ele sorriu fraco. -Senta aqui comigo.

Pedro bateu a mão ao seu lado e eu me sentei. Ele veio como um bebê se deitar em meu colo.

-Só queria um cafuné, né? -Brinquei enquanto passava a mão em seus fios.

-Preciso disso... -Ele suspirou. - Estava aqui pensando, como será que estão as crianças?

Suspirei. Eu deveria desconfiar.

Pedro era muito apegado as crianças e ficar aqui por 2 meses, sem ter contato nenhum com eles, era horrível.

O Improvável  I Pedro ScoobyOnde histórias criam vida. Descubra agora