O Improvável I Pedro Scooby

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Hoje era dia de festa. 

Como sempre curtimos um pouco da pré-festa, nos arrumamos e saímos. 

Não ia beber muito hoje, já basta a festa de quarta. 

-Hoje está com o pé no freio, né? -Arthur comentou.

-Claro, quarta eu enfiei o pé na jaca. -O respondi rindo.

-Mas tem que ser assim as vezes.

O ator disse e dali pra frente começamos a bater um papo bacana.

Ele era um menino maneiro.

Depois de um tempo, vi os olhares de Pedro em nossa direção. 

O chamei com a mão e ele veio quase correndo. Dei risada disso. 

-O que foi, bonitinho? -O questionei. 

-Queria falar um negócio com você. 

O Arthur percebendo algo, já foi saindo. 

-Pode falar. -Pedi o encarando. 

Senti meus pelos se arrepiarem quando Scooby chegou perto de mim, pegou em minha nuca e levou a boca até meu ouvido. 

-Eu quero namorar um pouco com você. -Ele sussurrou. 

Namorar um pouco comigo? 

Franzi a testa sem entender no primeiro minuto. 

Mas depois a ficha caiu. 

Pedro queria que fossemos deitar. 

Ali já senti um fogo subindo e não pude negar. 

-Vamos...

Com meu sinal verde, ele deixou sua bebida em cima da mesa e me puxou pra dentro da casa. 

Eu sabia que não ia voltar pra festa, então botei um pijama e fui me deitar, Pedro fez o mesmo. 

Nos deitamos na cama e ele passou a mão pelo meu pescoço, me deitei em seu peito. 

-Você estava linda com aquela roupa, sabia? -Ouvi Pedro dizer. 

-Então quer dizer que só fico bonita com roupa boa? -Rebati prendendo a risada. 

Scooby levantou minha cabeça e nos encaramos. 

-Você é linda todo dia. 

Ele falou e eu sorri. Não demorou muito pra juntarmos nossos lábios. 

E demorou muito menos pra Pedro subir em cima de mim. 

Eu confesso que fiquei com vergonha, era a primeira vez que estava assim com ele. Sem alguém por perto. 

Pensei em Théo vendo isso. 

Mas quando senti leves chupões em meu pescoço, parece que um vento por esses pensamentos. 

Agarrei a nuca de Pedro, o impedindo de parar com aquilo. 

Ele se enfiou no meio das minhas pernas e puxou uma delas para sua cintura. 

Que sonho de homem! 

Juntamos nossos lábios novamente. 

Era um beijo um tanto diferente dos outros. 

Tinha respeito. Carinho. Sentimento. Um pouco de tesão, talvez. 

Acho que foi um dos melhores momentos que passei com ele. 

Não fizemos nada explícito, mas os beijos e carícias que trocamos foi surreal de bom. 

Melhor do que ter ficado naquela festa.