trinta e cinco

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A festa de arrecadação, infelizmente, acabou um pouco antes do previsto. Não por falta de gente, senão por uma chuva de granizo que começou a cair sem aviso. Apesar da chuva, ainda assim fazia calor por ali.

Maraisa se assustou ao sentir a mão de alguém agarrar seu pulso e começar a puxá-la dali e virou o pescoço apenas para ver que era Marília. Se enfiaram em baixo de uma estrutura protegida, onde havia três degraus e uma enorme porta de aço. Maraisa riu ao chegarem ali, por conseguinte, Marília também. Havia sido engraçado todos começarem a correr do nada, de repente. A adrenalina ainda corria por suas veias quando chegaram, fazendo da risada uma ótima opção para liberá-la.

Maraisa se sentou no último degrau e esticou os braços para Marília, que não demorou nada até se sentar no segundo degrau, um pouco abaixo de Maraisa e de costas para ela. Os braços da menor circundaram o pescoço de Marília e a puxaram para se encostar em seu corpo.

- Eu adoro esse seu cheirinho. - Maraisa disse enquanto inalava a pele do pescoço de Marília. Um beijo demorado foi deixado na bochecha da maior antes de ela sorrir.

- Mara, eu vendi quase todos os cachorros quentes. - Marília disse animada.

- Uma pena a chuva ter estragado o final. - Maraisa disse, apoiando seu queixo no ombro de Marília.

- Quem era aquela garota de olhos azuis? - Marília perguntou, se lembrando da garota que beirava sua idade aproximadamente. A mesma havia ficado por quase duas horas ao lado de Maraisa, comendo um algodão atrás do outro e sorrindo maliciosamente para Maraisa. Marília queria ir lá e arrancar os olhos da garota, mas era civilizada demais para isso.

- Bárbara. Ela estava dando em cima de mim e então eu disse que deveria comprar algodão doce enquanto estivesse ali, do contrário, que fosse embora. - Maraisa fez uma careta. - Bem, ela não parou mais de comprar algodão doce desde então.

- O que ela ficou falando tanto? - Marília perguntou, sentindo a mão de Maraisa escorregar lentamente para baixo de sua blusa, na região de sua barriga e acariciá-la ali.

- Nada útil.

- Mas o quê? - Marília insistiu e Maraisa riu.

- Falando dela, que tinha uma vida boa para me oferecer e blá blá blá. Depois perguntou de mim.

- E o que você respondeu?

- Marília... - Maraisa disse rindo. - Para que tanto interesse?

- Não gostei do perfil dela. - Marília disse emburrada, mas resfolegou quando a mão de Maraisa desceu um pouco, adentrando sua calça e brincando com o cós de sua calcinha.

- Sua pele é tão macia... - Maraisa sussurrou em seu ouvido, fazendo seu coração acelerar e o ar lhe faltar. - Não quero ficar falando de Bárbara. Que tal se focarmos em nós? - Marília apenas assentiu, sentindo seu centro pulsar algumas vezes devido ao toque lento de Maraisa. - Eu estou com saudade... - A mão escorregou mais para dentro da calcinha e seu dedo médio quase alcançava sua intimidade.

- E se alguém nos ver? - Marília perguntou, jogando seu peso sobre o corpo de Maraisa.

- Está chovendo e aqui é escuro. Ninguém vai nos ver.- A mão de Maraisa tocou, finalmente, o clitóris de Marília, massageando-o umas poucas vezes antes de sua mão sair de dentro da calça dela. Marília bufou frustrada.

- Por que atiçou? - A risada rouca de Maraisa veio acompanhada de um beijo em seu pescoço.

- Calma. - Maraisa disse, levando sua mão até os botões da calça de Marília e os abrindo. - Desce ela um pouquinho, desce? Jeans é chato nessas ocasiões. - Marília não conseguiria dizer não quando Maraisa usava aquele tom safado, portanto, fez o que lhe foi pedido e ergueu os quadris, descendo um pouco sua calça.

Voltou a se sentar e gemeu baixinho quando as duas mãos de Maraisa se rodearam ao redor de seus seios, por baixo da blusa e sutiã, e apertaram com delicadeza. Seu dedo polegar, de ambas as mãos, acariciou os bicos já entumescidos dos seios de Marília, fazendo a maior arfar.

- Me dá um beijo, Lila? - Maraisa sussurrou lentamente e logo a maior virou seu rosto e colou seus lábios nos de Maraisa, iniciando um beijo calmo. Ela gemeu na boca de Maraisa quando uma de suas mãos voltou para dentro de sua calça, acariciando Marília por cima da calcinha. A lingua de Maraisa tremeu dentro da boca de Marília simulando um oral e a maior voltou a gemer, imaginando aquela lingua deliciosa e quente em seu interior.

A pequena mão subiu um pouco, apenas para driblar o pano da calcinha e tocar diretamente na carne, massageando seu clitóris em círculos antes de descer até a entrada de Marília e deslizar o dedo, pegando um pouco de lubrificação, e voltar a subir para o nervo rígido.

- Dentro, Maraisa. - Marília sussurrou contra a boca da menor.

- Já já. Você ainda não está molhada o suficiente, pode não ser tão gostoso quanto eu quero que seja.

- Oh, céus... - Marília gemeu ao sentir Maraisa acelerar os movimentos em seu clitóris. - Eu estou sim, estou molhada sim... - Marília disse em meio ao desespero, jogando sua cabeça para trás e fechando os olhos em puro deleite.

O dedo polegar da mão esquerda de Maraisa acariciava o bico enrijecido do seio de Marília, enquanto a mão o massageava. Já sua mão direita trabalhava com precisão mais embaixo, fazendo Marília entreabrira boca.

- Maraisa, eu vou gozar. Por favor... - Marília pediu apertando os dedos nas coxas de Maraisa que estavam em volta de si.

- Goza para mim, amor... - Maraisa sussurrou, deslizando dois dedos, vagarosamente, para o interior de Marília e arrancando um gemido mais alto da maior. - Goza gostoso nos meus dedos. - Suas estocadas se intensificaram, fazendo Marília gemer alto e fechar os olhos com força. Marília até tentava, mas nunca conseguia ser silenciosa e Maraisa, definitivamente, não ligava. Ela adorava aquele som rouco que saía por entre dos lábios de Marília.

O corpo da maior começou a gerar leves espasmos e seu interior se contraiu. No momento seguinte Marília estava gozando intensamente nos dedos de Maraisa, gemendo alto; gemidos estes que foram abafados pelo barulho alto da chuva.

A maior respirou fundo e Maraisa retirou, com cuidado, os dedos de dentro de Marília, os levando até sua própria boca e os chupando com vontade.

- Mais gostoso do que algodão doce. - Ela disse, vendo Marília rir e tombar a cabeça para trás em seu ombro. - Marília?

- Hm? - Marília murmurou ainda extasiada pelo clima que havia lIhe atingido segundos antes.

- Eu preciso te contar algo.

Destino Incerto - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora