Capítulo 22 - O local de emergências

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- Será que eu posso saber, por que estamos parados em frente a uma pousada? - indagou Henrique, assim que Murilo desligou o motor.

- É um dos poucos lugares que funcionam de madrugada aqui na cidade, vamos esperar meu pai aqui.

- Seu pai te ensinou tudo certinho, né? - disse Henrique.

- Ele me preparou. Ele sabia dos riscos que eu poderia vir a enfrentar por consequência de sua profissão.

- Tá, e o que estamos esperando? 

- Eu cometi um erro.

- O que? - indagou Evelyn.

- O que você fez? - indagou Thiago.

- Terei destruído os nossos celulares em vão, se eu pagar a pousada com o cartão.

- Isso é sério? - indagou Evelyn.

- Sim, é.

- Droga - resmungou Henrique.

- Se eu passar o cartão, eles vão nos achar.

- De quantos você precisa? - indagou Lara.

- Acho que oitenta e cinco reais.

- Eu tenho cem reais, da minha passagem - disse ela.

- Acabou de salvar nossas vidas - disse Murilo, aliviado.

    Murilo estacionou o carro. O local estava pouco movimentado, apenas mais cinco carros no estacionamento. 

- Vou fazer o check-in, vocês esperam aqui - disse Murilo.

- Espere - disse Evelyn, segurando seu braço. - Sua camisa está cheia de sangue.

- Deixa que eu faço o check-in - disse Henrique, ao notar que era o único que não estava sujo com o sangue de Elton.

- Tenho uma ideia melhor - disse Murilo -, vamos trocar de camisa.

- Qual o problema de eu fazer o check-in?

    Murilo abriu sua carteira, pegou seu documento, abriu o mesmo e do lado oposto havia outra identidade, com sua foto mas com outro nome. 

- Eles podem nos achar através do check-in também - deduziu Thiago, impressionado. - Isso foi muito bem pensando.

- Agora eu sou o Felipe - disse Murilo com um riso de canto.

- Seu velho realmente pensou em tudo - disse Henrique, enquanto retirava a blusa, para poder entregar sua camisa à Murilo.

    Após o check-in, eles entraram no quarto. Nada muito exuberante. Apenas o básico. Uma cama de casal, um sofá, uma televisão e o banheiro. A janela dava uma boa visão do estacionamento, e foi ali que Murilo estava, no segundo andar da pousada, à espera de seu pai.

    Lara foi a primeira a tomar um banho, em seguida Henrique.

    Eles lavaram as camisas ensanguentadas, com exceção a Murilo, que se manteve com a camisa de Henrique. E o próprio Henrique, que se quer vestiu a de Murilo, ele ficou com sua blusa fechada com zíper.

- Quantas vezes você já fez isso? - indagou Lara.

- Isso o que?

- Esse treinamento do seu pai.

- É a primeira vez - disse Murilo.

- Você está indo bem - disse ela.

    Em resposta, ele apenas sorriu. E após uma pequena pausa de silêncio, ele disse: 

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