Capítulo 28 - D - 14

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    "Vai encontrá-lo, junto de onde a doença descansa".

- O que isso significa? - indagou Murilo.

- É uma charada - disse Henrique.

- Não brinca - debochou Evelyn.

    Essa era a única frase do papel. E estava um tanto óbvio de que se eles desvendassem essa charada, encontrariam o pendrive.

- O Marcelo era um cara muito engenhoso - disse Henrique. - Essa charada é pra você. 

- Ele tem razão - disse Murilo. - Só você pode decifrar. Por isso estava no seu pingente.

    Evelyn se sentou na cama, e com as mãos sobre a cabeça, a mesma se pôs a pensar.

    Porém, em resposta, a única coisa que ela tinha, era mais e mais perguntas. 

- E o seu pai? - indagou Lara.

- O que tem ele? - rebateu Murilo.

- Talvez ele saiba o que essa frase significa.

- Não - disse Evelyn. - Ele não sabe!

- Não custa tentar - respondeu Henrique.

- Ainda sim não vai adiantar. Porque eu sei onde está o pendrive.

- Onde? - questionou Murilo e Henrique quase que juntos.

- Aqui pra você - disse ela, mostrando o dedo do meio para Henrique. - Eu não vou te contar, não confio em você.

- Estamos do mesmo lado - disse Henrique.

- Ah é? - disse ela, começando a se irritar. - Quando viramos amigos? Depois que você usou o meu irmão?

- A culpa não é dele - interferiu Murilo.

- O que? Você vai ficar mesmo protegendo esse idiota?

- Eve, você precisa se acalmar - disse Henrique.

- Não me peça calma agora - disse a garota, quase avançando sobre Henrique.

    Murilo ameaçou contê-la, mas ela só parou mesmo quando Lara gritou "já chega". 

- Tem assassinos nos perseguindo, e não podemos contar nem com a polícia, porque os assassinos são a polícia. E vocês estão mesmo brigando? Caramba gente, meu primo está no hospital, e o Thiago está morto, assim como o seu irmão. Que tal a gente se unir para honrá-los e evitar-mos mais mortes, ao invés de ficar com essas birrinhas pessoal que além de atrapalhar, não nos leva a lugar algum?

    Eles fizeram silêncio por um instante, e Lara suspirou aliviada.

- Ela tem razão - disse Murilo. - Vamos dar um fim em tudo isso, e só aí, a gente resolve esses detalhes.

- Detalhes? - indagou Evelyn. - É isso que a morte do Marcelo significa? Detalhes?

- Não foi o que eu quis dizer - disse Murilo.

- Caralho Murilo, você só se supera.

    As lágrimas dos olhos de Evelyn, não eram possíveis de se controlar toda vez que a própria se recordava de seu irmão. Ela sofria, só de imaginar que enquanto estava se divertindo na Base B com seus amigos, ele estava sendo torturado e morto da pior forma possível. 

- Que som é esse? - indagou Henrique.

- Parece um celular - disse Lara.

- O celular do meu pai - disse Murilo com os olhos arregalados.

    Foi então que todos retornaram à sala.

- Ainda está aqui? - disse Murilo, olhando para seu pai.

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