[Sequela de Victims of Authorithy]
"Observa atentamente. Quanto mais perto estiveres, mais confiante estarás, mais baixarás a guarda e mais fácil será enganar-te. Agora deste-me o mais precioso: a tua atenção. Usá-la-ei contra ti."
Naquela manhã, Dakota estava nervosa. Os seus pais já estavam a viver num lugar seguro para que não fossem abordados pelos instrutores que viriam buscar a filha.
Dakota estava a preparar o pequeno-almoço quando alguém bate à porta. Para sua grande surpresa, era Luke.
-O que estás aqui a fazer? E se te viram?-ela questiona e repara nas lágrimas de Luke.-O que aconteceu?!
O homem entra e Dakota está sobressaltada. Claro que Luke ainda significa algo para ela.
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-Luke, por favor, diz-me.-ela implora.-Vou voltar para o bunker e não posso ir sem saber se tudo está bem com vocês ou se foram comprometid....
-E-Eu não quero que v-vás.
Dakota suspira, agora aliviada por não ser nada mais grave. Ele continua, visivelmente ansioso:
-Lutamos t-tanto para fugir e c-continuo a ter estes pesadelos em q-que não voltas para n-nós. Vão m-matar-te, Dakota.
A rapariga não responde sem saber o que dizer e Luke abraça-a de imediato, fazendo-a estremecer. A última vez que tinha estado tão próxima de Luke foi quando lhe batia e é difícil esquecer aquelas memórias dolorosas. O toque de Luke agora é suave e aquece o seu coração; ela sentiu falta do cheiro do seu cabelo, da sua voz.
-Luke, afasta-te.-ela pede firmemente, não se movendo.-Agora.
O pedido faz o coração de Luke partir mas obedece. Sabia que ganhar o coração de Dakota de volta não seria fácil. Ela clareia a voz e é firme:
-Eu sei que de momento precisas que te dê esse apoio e te console mas não consigo simplesmente esquecer o que se passou entre nós. Nem devo, para que não volte a acontecer. Reconheço que estás bastante melhor mas eu também; recuperei e não posso deixar-me levar novamente por ti.
-Eu espero por ti o tempo que for necessário, D-Dakota.-ele sussurra.-Eu amo-te... mas preciso que v-voltes com vida.
-Darei o meu melhor.
Luke olha-a, com alguma esperança. Ele questiona:
-Ainda me amas? Mesmo depois de tudo o que fiz?
-Claro, Luke.-ela suspira fazendo-o sorrir. -Os sentimentos que tenho por ti demoraram a surgir, pelo que também demorarão a desaparecer. Por enquanto... Ainda cá estão.
No seu íntimo, Dakota desejava não o amar pois Luke fez o que quis com o coração dela e isso preocupava-a mas o coração quer o que quer e quem somos nós para o contrariar?
-Eu estou mesmo a tentar ser o homem por quem te apaixonaste, Dakota.-ele garante.- Eu... Eu preciso de um sinal de que estás viva enquanto estás no bunker. Não consigo aguentar sem saber.
-Luke, não posso fazer isso. Não é seguro. Vou para o bunker e posso estar a comprometer imensas vidas. Desculpa.
Luke olha o chão, claramente frustrado. Ele precisava daquilo, mais do que o ar que respirava.
