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Dakota tinha conseguido finalmente uma missão supervisionada, com Calum. Os dois viajam em silêncio no comboio, perdidos em pensamentos.

-Tens alguma pista sobre Michael?-Calum questiona e Dakota nega com a cabeça.

-"A próxima pista está onde devias estar, mas eventualmente irás'. Não consigo pensar em nada.

-É normal. Marshall é a porra de um psicopata.-Calum suspira e questiona.-Vais ver a tua equipa e procurar Michael enquanto mato o alvo?

-Não. Tu vais ter com a equipa enquanto eu mato o alvo.

-Porquê?...-Calum está confuso.

-Porque não vou deixar-te matá-lo. Não és um deles. És melhor. Para além disso, os pais querem muito ver-te e eu quero estar sozinha.

Dakota sorri e Calum fica atrapalhado com a informação. Ele sussurra:

-Não estou preparado para os conhecer...

-Nunca estarás tão preparado como agora. Esperaste demasiado tempo.-Dakota garante.-Vou deixar-te com eles e depois encontramo-nos mais tarde.

Calum assente, nervoso. Após meia hora de viagem, Dakota e Calum saem do comboio, ficando frente a frente aos pais e a Luke, a alguns metros de distância. Os pais correm até Calum, em lágrimas e abraçam-no com força, fazendo-o chorar também.

 Os pais correm até Calum, em lágrimas e abraçam-no com força, fazendo-o chorar também

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akota caminha até Luke, dando algum espaço à família. Ele sorri um pouco e os dois entreolham-se. Não sabiam muito bem como retomar as coisas, e Luke decide puxá-la suavemente para um abraço. Dakota fecha os olhos no peito dele.

-Tive tantas saudades tuas.-ele sussurra.-Não conseguia parar de pensar se estavas bem.

-Não conseguia parar de pensar se estavas bem

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-Estou ótima.-ela garante.-Vamos. Temos trabalho a fazer.

Luke e Dakota caminham lado a lado, sem ele saber onde ela o ia levar. Ela pergunta:

-Como têm estado as coisas no exterior?

-Já há bastantes manifestações contra o Governo. Novas forças políticas estão a surgir: mais justas, e querem tirar lugar ao governo atual, que está a dizimá-los silenciosamente para que não ganhem força. As pessoas estão a desaparecer e começam a ganhar medo de dar a sua opinião.-Luke explica e Dakota suspira.

-Não sei o que raio estou a fazer, Luke. Não vinha salvar o mundo, apenas Calum.

Luke sorri e observa:

-Consegues fazer ambos.

-Estou muito cansada.-ela admite.-Não sou tão perspicaz, estou distraída e tomo decisões idiotas. Desleixei-me. Michael é um dos meus pontos fracos e Marshall sabe disso.

Luke dá por si em frente à sepultura de Devon, que dera a vida para que o grupo pudesse fugir do bunker.

-Penso sempre que se Michael estiver morto, que Devon está a tomar conta dele no Céu.-Dakota confessa.

-... que merda é aquela?

Luke abaixa-se e, por trás do vaso com flores, encontra um envelope. Os dois entreolham-se, surpresos, e Dakota abre-o de imediato.

"4, estás a ficar boa nisto. Sim, era aqui que eu devia ter-te deixado quando tive oportunidade... No cemitério. Mas vais terminar aqui, de qualquer forma, junto de quem mais amas. É uma promessa. Deixo-te mais um lamento do teu amigo Michael... Pressionei-o um bocadinho para me dar algo mais dramático do que os últimos. Sempre agiste melhor sobre pressão. Espero que gostes. Com amor, Marshall."

Dakota vira a carta de imediato e vê novamente sangue. A letra de Michael é agora desleixada:

"Sometimes the quiet in here is violent. They keep reminding me of who I killed and I hate this but there's no hiding for me so I'm forced to deal with what I feel, there is no distraction to mask what is real. I could just give up...I ponder doing something terrifying but I know you wouldn't forgive me. I don't wanna give up even though it hurts so much.... I picture you from place to place trying to bring me back... The truth is: If there's someone there who can rescue
somebody like me, that person would be you. Come find me, please. I'm lost and scared, just like when you met me".

[Tradução:" Às vezes, o silêncio aqui é violento. Eles continuam a relembrar-me de quem eu matei e eu odeio isso, mas não há forma de me esconder então sou forçado a lidar com o que sinto, não há qualquer distração para disfarçar o que é real. Eu poderia simplesmente desistir... Eu considero fazer algo aterrorizante mas eu sei que não me perdoarias. Eu não quero desistir mesmo que doa tanto. Imagino-te de um lado para o outro tentando trazer-me de volta... A verdade é: Se houver alguém que possa resgatar
alguém como eu, essa pessoa serias tu. Vem encontrar-me, por favor. Estou perdido e com medo, tal como quando tu me conheceste".

Dakota cobre o rosto e sussurra:

-Ele está a pensar em suicidar-se. Foda-se.

-Não. Ele sabe que vais buscá-lo.-Luke insiste.-Tens de ser forte por Michael, Dakota. Sei que estás cansada mas quem é que o vai salvar a ele e a Calum? Eu? Os teus pais? Fleur? Não. És tu e sei que consegues sentir isso.

Luke agarra as suas mãos e afirma:

-Vá, qual a adivinha?

-"És o meu maior projeto: a arte nunca está acabada, só abandonada. Leonardo da Vinci."-Dakota afirma, ainda abalada.-Luke, não há qualquer interesse em seguir estas pistas. Marshall quer apenas foder com a minha cabeça.

-Não: enquanto mostras interesse em seguir as pistas, Marshall continua a obrigar Michael a escrevê-las. Assim sabes que está vivo.

Dakota assente e suspira:

-Tens razão. Obrigada, Luke.

Ele sorri e aproxima-se gentilmente para a beijar. Luke envolve Dakota nos braços e garante:

-Sabes onde me encontrar. Não vou a lado nenhum, Dakota.

Breaking You (sequela)Onde histórias criam vida. Descubra agora