Joanne Monroe havia sido amiga de infância e vizinha de James Sinclair quando ele morava em Dundalk, uma pequena cidade perto de Baltimore. Na adolescência eles foram namorados, mas logo os pais de James se mudaram para San Francisco e James promete...
Joanne criou coragem e ligou para o número que estava no papel e logo uma mulher atendeu.
- Por gentileza, eu gostaria de falar com a senhora Daphne Turner – ela pediu sem conseguir identificar a voz.
- Por parte de quem seria? – a mulher perguntou e ela percebeu que devia ser uma empregada que trabalhava na casa da mãe.
- Joanne Monroe
- Um momento por gentileza que irei chamar a Sra Turner – a empregada falou e Jô ficou imaginando se havia feito certo em procurar a mãe, enquanto a mulher ia chama-la.
- Alô Joanne, é você filha? – uma voz ansiosa com o tom parecido com o dela falou do outro lado da linha.
- Sim, sou eu Joanne.
- Que bom que você ligou, achei até que talvez você não fosse me procurar, mas felizmente estive errada – sua mãe falou com alegria.
- Desculpe não ter ligado antes, mas ando muito ocupada com serviço e os estudos e papai só me falou a respeito de sua ligação no final de semana – Jô falou e percebeu que sua voz não soava natural enquanto falava com a mãe.
- O importante é que você me ligou, seu pai me falou que você se formou em medicina - Daphne falou puxando um assunto mais neutro.
- É verdade e agora estou fazendo a especialização em oftalmologia – ela falou de forma sucinta e depois se calou novamente.
- Você vai trabalhar com seu pai depois que terminar, ou pretende mudar para outro lugar? – a mãe dela especulou querendo saber dos planos da filha.
- Trabalhar com ele é o que pretendo fazer, esse é o sonho dele e não quero desapontá-lo – Jô falou com a voz alegre quando se referia ao pai.
- Entrei em contato filha, pois quero muito restabelecer o vínculo com você, sei que errei esses anos todos ao não procurá-la antes, mas passei muitos momentos difíceis e não havia espaço para uma criança, pois você apenas teria sofrido junto comigo. Seu pai sempre foi um homem maravilhoso e sei que cuidou muito bem de você, mas agora você já é adulta e acho que podemos ser amigas – ela falou com esperança de que Joanne aceitasse sua sugestão.
- Estou aberta a conhece-la, desculpa se não me mostro mais entusiasmada, mas não tivemos contato por 20 anos e a senhora é praticamente uma estranha para mim – Joanne falou justificando sua falta de entusiasmo por estar falando com a mãe.
- Claro Joanne, eu entendo sua posição e não estou chateada, tudo vai acontecer a seu tempo. Queria saber quando é que você pode vir me visitar? – ela perguntou com otimismo em relação ao encontro delas.
- Pode ser no próximo sábado, posso pegar de noite e chego no sábado pela manhã, mas tenho que voltar domingo, pois trabalho segunda – Joanne falou não deixando margem para estender a estadia na casa da mãe, pois nesse primeiro contato não queria ficar muito tempo.
Assim ela conversou mais um tempo com a mãe e depois desligou o telefone, Joanne esperava sinceramente que depois que conhecesse a mãe pessoalmente, a relação delas pudesse mudar de patamar.
Joanne chegou ao aeroporto Santa Monica às 8 horas da manhã e depois de alugar um carro, ela colocou no GPS o endereço que a mãe havia lhe passado e, em menos de 20 minutos, ela estava estacionando em frente ao portão da casa. Jô apertou o interfone e logo um empregado abriu o portão e ela andou uns 50 metros até estacionar em frente a uma casa de arquitetura bem moderna.
Assim que ela desligou o carro, a porta foi aberta e de lá saiu uma mulher muito parecida com ela, Joanne olhou para a mãe já se imaginando quando tivesse 40 anos. A mãe foi até ela e a abraçou com entusiasmo e Jô retribuiu o gesto mecanicamente, pois a mãe era uma estranha para ela.
- Como você é linda e tão parecida comigo! – ela exclamou com os olhos úmidos de emoção.
- Obrigada, você também é linda – Jô falou com sinceridade, pois a mãe era linda e não aparentava a idade que tinha.
- Vamos entrar minha querida que a essa hora já está quente – ela convidou enquanto Jô pegava sua mala de dentro do carro e depois a seguia em direção a sala de estar.
A casa da mãe era bonita com grandes portas de vidro e nos fundos se via uma grande piscina e mais ao longe era possível ver o mar.
- Vou lhe mostrar seu quarto, você pode deixar suas coisas e se refrescar depois da longa viagem. Quando estiver pronta, pode me encontrar ao lado da piscina onde tomaremos o café da manhã – Daphne falou abrindo a porta de um quarto grande, com uma linda vista para a praia.
- Adorei o quarto, aliás, toda a sua casa é muito bonita – Joanne falou com sinceridade, pois tinha achada a casa encantadora.
- Obrigada querida, já vou sair para deixa-la mais à vontade, mais tarde lhe mostrarei a casa toda, inclusive meu estúdio que é separado, mas não fica muito longe – Daphne falou e depois saiu do quarto fechando a porta.
Joanne desfez a mala, colocando as poucas coisas que havia trazido no armário, depois foi até o banheiro onde lavou o rosto e escovou os cabelos, deixando-os bem lisos. Depois de 10 minutos ela saiu do quarto e encontrou a mãe já sentada à mesa esperando por ela.
- Sente-se meu bem e sirva-se! Imagino que esteja com você, a comida de avião na maioria das vezes é horrível – Daphne falou enquanto servia o suco de laranja em dois copos, dando um para ela.
- A senhora viaja muito? – Jô perguntou para puxar assunto, já que a mãe havia falado sobre isso.
- Infelizmente sim, pois não gosto de viajar de avião. Na minha profissão é um mal necessário, pois preciso ir para vários países para expor e comercializar minha arte – ela falou enquanto passava mel em uma torrada.
As duas ficaram mais algum tempo falando sobre amenidades, quando Joanne viu surgir dos fundos do terreno, em uma trilha que vinha da praia, um homem alto e magro, vestindo apenas um calção branco . Ele foi-lhe pareceu cada vez mais familiar, a medida que se aproximava do lugar em que elas estavam sentadas. Assim que Daphne o viu, ela abriu um grande sorriso e falou com ele.
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- Aí está você meu querido, venha conhecer minha filha – ela falou fazendo um gesto com a mão para que ele se aproximasse mais dela.
- Joanne quero lhe apresentar uma pessoa muito importante em minha vida, esse é meu pupilo e protegido James Sinclair, um pintor de grande futuro – a mãe falava com orgulho sem se dar conta da surpresa estampada no rosto da filha que olhava para James sem poder acreditar que ele morava na casa da mãe dela.
- Jô!! – James deixou escapar a exclamação de seus lábios, tão surpreso quanto Joanne em vê-la outra vez depois de tantos anos, ele a teria reconhecido em qualquer lugar, jamais havia esquecido aquele rosto, mesmo agora ela havia mudado pouco e continuava linda
- Vocês já se conheciam?? – Daphne perguntou com surpresa sendo que nenhum dos dois ouviu sua pergunta, pois ambos estavam ocupados demais em se avaliarem mutuamente, sem esconder a surpresa pelo encontro inesperado.
E agora, o que James está fazendo na casa de Daphne, será que eles são amantes??😲😲
O que vocês acham de James se amante da mãe dela?? Se ele for, será que Joanne teria condições de perdoa-lo, afinal ele não sabia que ela era mãe dela???🤔🤔