Joanne Monroe havia sido amiga de infância e vizinha de James Sinclair quando ele morava em Dundalk, uma pequena cidade perto de Baltimore. Na adolescência eles foram namorados, mas logo os pais de James se mudaram para San Francisco e James promete...
Jô passou o domingo ao lado do pai e eles conversaram sobre várias coisas, mas evitaram tocar no nome de James e Daphne. Willian sabia que o coração da filha estava despedaçado e o melhor agora seria dar tempo para que a dor amenizasse, antes de tocar em assuntos delicados.
Joanne iniciou a semana decidida a mudar de vida, suas ilusões românticas cultivadas ao longo dos anos, haviam sido destruídas em poucos segundos pela dura realidade da via. No mundo real não existia lugar para sonhos ou heróis, as pessoas eram cruéis e egoístas e só pensavam em si mesmas. Para ela, James havia agido assim, tocara a vida em frente se esquecendo dela e de tudo que haviam significado um para o outro.
Agora Joanne estava disposta a experimentar tudo o que havia se negado esses anos todos, se preservando para um amor que só havia existido em sua cabeça. Agora iria namorar, transar, ir em festas e se divertir, estava cansada de ostentar o apelido que tinha recebido na época da faculdade. Os rapazes a chamavam de "iceberg", pois ela nunca havia dado abertura para maiores aproximações e sempre recusava os convites para sair, também nunca havia participado das festas das fraternidades.
Ela também mantivera essa postura no hospital e como ela trabalha com colegas da época da faculdade, esse apelido logo também ficou conhecido por lá. Joanne havia sido uma aluna exemplar, que só vivia para os estudos e para o pai, mas agora ela estava decidia a recuperar o tempo perdido. Hoje se achava uma idiota por ter acreditado nessa promessa estúpida, tinha consciência que havia transformado James em um príncipe encantado e seu amor havia virado uma obsessão. Nada havia sido real para ele, ela é que criara uma história de amor que só existia na cabeça dela e, com isso em mente, ela decidiu que havia chegado a hora de se libertar dessa ilusão para sempre.
Joanne começou a sair para bares e boates a fim de conhecer outras pessoas e fazer novas amizades. Naquele sábado, duas semanas após o desastre de Malibu, Joanne marcou um encontro com duas amigas para beberem em um pub muito frequentado pelo pessoal do hospital. Ela colocou um vestido de tubinho azul marinho que modelava todo seu corpo, sapatos de salto alto e deixou o cabelo solto e sedoso.
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Naquela noite ela iria de Uber até o pub, pois estava a fim de beber, então não podia dirigir na volta. Quando chegou ao Charles Village Pub, Patty e Carol já esperavam por ela em uma mesa e Carol ficou abanando para ela com o braço erguido para chamar sua atenção. Joanne chegou até a mesa com um grande sorriso no rosto e depois pegou uma cadeira para se sentar com elas.
- O que você vai beber - Patty perguntou enquanto fazia sinal para o garçom.
- Vou querer um Bloody Mary – Jô pediu ao garçom e depois começou a conversar com as amigas.
Joanne já estava no terceiro drink e percebeu que estava sentindo uma tontura gostosa e que o álcool a havia deixado mais desinibida. Ela estava dando uma gargalha de uma piada que Carol havia acabado de contar, quando sentiu uma mão em seu ombro. Ela olhou para trás e teve que erguer os olhos para ver quem era aquela figura alta que a tocava.
