Cassian
Estava correndo com meu pai pela trilha da floresta. O ar ainda estava frio, mas nossos corpos fumegavam.
—O que achou da Lia? —Perguntou ele esbaforido.
—Gosto dela. . . e de Mor.
Ele me olhou quando não respondi mais.
—E da Lili e Ângelo?
—O cara é bacana, gosto dele também.
Ele parou de correr e o acompanhei numa caminhada.
—Tem algum problema com a Lili?
—Não, não se preocupe, nós só nos conhecemos pouco. —Menti.
—Sei, achei que se dessem bem da escola.
—Só não temos amizade, só isso. . . falando nisso sabia que a Lia era casada com outra mulher?
Ele me olhou e olhou pra floresta.
—Sim, eu a conheci quando ela ainda estava casada.
—Traiu . . .
—Não —Saltou ele. —Claro que não, nos conhecemos em uma terapia, estávamos no mesmo barco, nós dois erramos com nossas parceiras.
—Terapia pra quê?
—Pra pessoas que trabalham demais e esquecem da vida! —Disse ele sério.
—Você. . . esqueceu?
—Sim, tanto eu quanto Lia tivemos que perder nossas parceiras pra acordar. Acha que é fácil querer o melhor pra sua família e baixar a cabeça e só fazer àquilo porque você precisa dar conforto pra sua família, acaba que o corpo e a mente se acostumam a fazer só aquilo e aquela rotina se transforma em uma espécie de memória muscular e não sobra tempo pra viver.
—E o que você chama de viver?
—Isso! —Ele abriu os braços e deu uma volta. —Quando fizemos isso? Vir pra uma casa na beira de um lago, jogar um jogo bobo, rir por bobagem, amar e ser amado, correr respirando ar puro, sair pra jantar, passar mais tempo com meu filho. —Ele passou o braço por meus ombros me apertando e por pouco não perdi o equilíbrio me fazendo rir. —Tem coisas que a gente dá valor só quando perde, pelo menos eu tive o privilégio de uma segunda chance.
—Que bom pai, fico feliz por isso.
—Me tome de exemplo filho, não deixe de curtir a vida. . .
—Tenho meus planos.
—Não faça planos, deixe a vida te levar como uma onda leva um surfista.
—Não surfo!
—Deveria!
—E por acaso você tá surfando?
—Surfava, mas estou pensando em voltar.
—Quando surfava?
—Desde novinho, seu avô . . . —A voz dele embargou, nós nunca falávamos dele e nunca soube o porquê. —Surfava.
—Nunca me contou como ele morreu.
—Não morreu.
—Quê?
Meu pai suspirou.
—Eu fiquei magoado com ele quando ele deixou minha mãe e . . . hoje eu o entendo mais do que naquela época.
—Ficou de mal com ele?
—Não é bem isso, mas nunca mais o procurei.
—E você quer vê-lo?
—Quero, mas . . . já faz 28 anos que não o vejo.
—Deve de ta bem velho. . .
—A última vez que tive notícias ele tava treinando um surfista famoso.
—Como soube?
—Meu irmão mais novo postou nas redes sociais ele dando o treino.
—Preciso conhecer ele.
—E eu vê-lo. Podemos ir todos nas férias.
—É muito longe?
— Havaí.
—To dentro!
Ele riu.
—É claro que tá.
❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤
Lilith
Mesmo o corpo de Cass sendo meio desajeitado pelo crescimento ainda era bonito, claro que não era o tesão do meu Seth, mas quem liga. Desviei o olhar para onde minha mãe fazia exercícios num colchonete e pego minha irmã sorrindo com cara de "te peguei" mostrei o dedo do meio e ela caiu na gargalhada. Nesse momento começo a ter novas ideias para uma obra nova, eu tive um sonho a um tempo atrás que eu e mais alguns jovens fugíamos de animais selvagens que gritavam conosco, como se tivéssemos roubado algo, lembro-me de entrarmos em um avião camuflado e enquanto o avião ganhava velocidade pra decolar um enorme gorila pulou na asa da aeronave, do outro lado tigres e leopardos e gritavam ''devolvam" "ladrões" fomos parar em uma jaula mágica cujo a chave era pra estar conosco, aquela jaula era apenas pra nos proteger e depois estávamos em um apartamento cheio de tecnologias dois daqueles jovens estavam em jaulas a parte e escaparam por cima de um muro muito alto que circundava uma cidade inteira e nós no apartamento consegui encontrar a chave e ao fugir um inimigo começou a quebrar a parede com um lazer, então começou a fuga e eles começaram a procurar um ponto de fuga, eu não sabia como, mas conhecia uma passagem secreta sobre o piso, ninguém quis usá-la. Um dos jovens então os levou a uma porta que dava pra um elevador de funcionários, a parede desabou no momento em que a porta do elevador fechou e ela se viu com colares de perolas embolados em suas mãos saindo correndo pelo estacionamento, havia uma festa como um carnaval brasileiro, muita gente fantasiada e alguns metamorfos. Sem se dar conta tinha uma gangue comandada por um metamorfo de leão, um dos membros de corpo humano, loiro escuro de cabelos ondulados com corte desalinhado por conta de estarem em volta de suas orelhas de lobo chamou sua atenção. Os jovens perguntaram o que ela estava fazendo e ela disse que não resistia a um lobisomem, principalmente aquele, ela fez os demais se dispersaram para se encontrarem na saída da cidade, então o wolf boy a viu olhou as mãos dela e começou a vir em sua direção, senti os pelos arrepiar com o perigo e começou a correr, quando achou que o tinha despistado ele estava em uma mega moto corpulenta, movida com propulsores, me vi em uma rua sem movimento e parei, ele desceu d moto olhando suas mãos e mostrando lindos caninos em um sorriso que dizia te peguei. Comecei a lutar com ele até que o prensei entre uma vitrine lhe segurando as mãos ele escorregou sentando-se em um degrau da vitrine e eu montei sob suas pernas, sentindo seu pau excitado. Tentei beijá-lo passando a língua por seus dentes quando ele abriu os lábios, mesmo relutante eu sabia que ele me queria tanto quanto eu queria rebolar naquele pau. Senti o cheiro dos jovens que estavam comigo antes e lhes joguei os colares de pérolas e os corri. Perguntei "Onde estávamos mesmo lobinho?" e ele me rosnou levantando comigo no colo e me fudendo contra a vitrine da loja.
É muito louco eu sei.
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Deixe eu ser seu último Amor.
ChickLitSer gorda não é uma coisa ruim, pensa comigo, você prefere abraçar uma barbie e dormir com ela ou prefere abraçar um unicórnio de pelúcia e dormir com ele? Uma barbie te machuca enquanto você dorme, o unicórnio de pelúcia jamais. Agora vou contar um...