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Lilith

Acompanhei Cass até seus amigos. É eu sei que eles babam em mim e é por isso que faço questão de ser sexy pra eles.

—Olá meninos! —Ronrronei.

—Oi Lili. —Disse Ravi engolindo em seco olhando meus lábios.

—Está cada dia mais linda gatinha! —Comentou Riller.

—Eu sei! —Falei sorrindo e lhe passando o dedo no peito o deixando corado.

—E ai Cass?! —O cumprimentou Riller para disfarçar o rubor. — Como vai?

Ravi apenas lhe deu tapinhas no ombro como cumprimento. Cass forçou um sorriso.

—Quebrado! —Comentou levantando o antebraço com gesso.

Mas ele não estava apenas falando do braço, Cassian estava literalmente quebrado e justo eu a pessoa cujo ele fez uma rachadura no coração está o amparando. Será Karma? Ou destino? O que a Deusa mãe está aprontando pra mim?

—Lili? —Chamou-me Cass.

—Ah, desculpa eu estava distraída. —Sorri e apontei em direção aos armários. —Tenho que ir, vejo você na saída Cass, se precisar de mim sabe onde me encontrar.

—Até mais tarde então! —Disse ele sem humor nenhum.

—Cuidem bem do amigo de vocês heim?!

—Pode deixar! —Disse Ravi.

Sai dali procurando Mari ou Seth, não os encontrei então fui ao meu armário. Estava distraída pegando as coisas da próxima aula quando as mãos de Seth deslizaram por debaixo de meus seios, apertando minhas costas contra seu peito e com o nariz em meu pescoço aspirou meu perfume profunda e lentamente, fechei os olhos sentindo-me adorada.

—Sinto . . .

—Seth por favor não me peça mais desculpas.

—Eu ia dizer sinto sua falta. —Brincou ele.

—Sei. —Comentei me virando pra ele e o beijado. —Também sinto sua falta.

Ele fez biquinho esfregando o nariz no meu.

—Às vezes acho que não te mereço. —Murmurou ele.

—Não diga isso. —Acariciei seu pescoço. —Você é o garoto dos sonhos de todas as garotas.

—Quero ser apenas o seu sonho.

—É um deles. —Brinquei fugindo da situação. —Vamos nos atrasar.

Ele enlaçou os dedos nos meus me levando pra sala de aula.

—Qual seus outros sonhos?

—Se eu te falar agora você pode se magoar comigo.

—Por quê?

—Porque você vai achar que quero me separar de você.

—E você quer?

—Não!

—Então me conte?!

—Quero ir pra Londres ano que vem, quero cursar letras, línguas e história.

—Talvez eu. . .

—Meu outro sonho é que você siga os seus. —O cortei. —Quero receber notícias suas de jogos importantes eu sei que sua vida ta no futebol.

—Sim. . . eu não consigo pensar em mais nada além. . . além disso e de você, mas quero que se realize também e depois volte pra mim.

Lhe dei um selinho.

—Enquanto isso vamos curtir bons momentos. —Lhe sorri.

—Vamos sim. —Abraçou-me ele.

Mari não veio a aula, mais tarde vou passar na casa dela. No intervalo fui direto ao banheiro estava com a bexiga explodindo. Estava lavando as mãos quando as líderes de torcida resolvem usar o banheiro pra alguma reunião. Ou não, pois cruzaram os braços pra me olhar.

— Aí meninas eu sei que sou linda, mas ficar me olhando assim é constrangedor.

Elas me olharam com incredulidade.

—Viemos te dar um aviso sua gord . . .

—Aí olha eu não tenho nada que ver com isso, ser uma gorda gostosa não é pra qualquer a uma e. . .

—Cala a boca!

—Você gosta de se ouvir falar mesmo.

—Óbvio que eu gosto, minha voz é como o canto de um anjo.

—Aff. . . —Disse uma delas virando os olhos.

Sorri sarcástica. Tentei afastar três delas pra passar.

—Ai gente é sério? Querem meu autógrafo? Meu telefone? Uma self comigo?

—Cala a boca! Cala a boca! Cala a boca! —Disse histérica.

—Uau! —Falei erguendo as sobrancelhas. — Isso é que é ter um chilique.

—Olha aqui sua gorda insuportável, a anos você está no meu caminho.

—Nosso! —Corrigiu a outra.

—Sim, sim, mas agora acabou, você pegou o garanhão do time de futebol e agora o do time de basquete? Qual é a sua?

—Bom eu não ando atrás de ninguém, muito pelo contrário. —Passei as mãos pela minha cintura as deslizando sexy até apertar minha bunda. — Não tenho culpa se os garanhões procurem uma égua premiada ao invés de pangarés.

—Hora sua. . . —Ela partiu pra cima de mim e peguei o seu pulso.

—Aprende uma coisa garota, ninguém toca no meu rosto de forma agressiva —Com a outra mão peguei um de seus dedos o pressionando, ronronando como uma amante segui mesmo sentindo que aquela avalanche de líderes vinha pra cima de mim, segurei a atuação. — É melhor vocês não darem mais nem um passo se o fizerem ela vai ficar com os dedos tortos pois vou quebrar um por um. . . de cada uma de vocês, terão mãos de velha antes dos 18 anos.

—Está me machucando. . .

—Eu sei . . . —Sorri ainda mais. —E eu gosto disso.

Deixei que ela puxasse sua mão e se afastasse.

—Você é uma bruxa! —Gritou outra.

—Sério que recém perceberam isso? Kkkkkkk

Ao sair do banheiro termino minha gargalhada, me voltando para o que acabou de acontecer, eu posso atuar bem e tudo o mais, mas àquilo estava num limite perigoso pra mim.

— Posso saber o que te importunou? —Perguntou Cassian atrás de mim. Me virei abruptamente perdendo o equilíbrio e ele segurou meu pulso com o braço bom. — Deusa do equilíbrio.

Sorri junto dele.

—Ao que parece queimarei em uma fogueira em breve por seduzir você bebê.

—Nem brinca com isso.

Notei que ele estava com dor pela expressão em seus olhos.

—Cass quer ir pra casa?

—Não, estou bem, dá pra aguentar mais um pouco.

—Não parece. —Notei que não tinha mais nenhuma assinatura além da minha. —Ninguém quis assinar?

—Não deixei. Estou com fome pode me ajudar com a bandeja?

Sorriu com o olhar de cachorro pidão pra mim. Lhe passei o braço pelo dele e o acompanhei até a lanchonete. E estavam todos nos olhando, mas minha mente pifou quando tentei adivinhar as coisas boas que pensavam sobre mim.

—É a primeira vez na vida que sinto que esses olhares não são coisas boas.

—Como assim?

—Nada não, deixa pra lá.

Deixe eu ser seu último Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora