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Lili

Desde quando ele não tem vergonha de mim?

—Aquela garota manda bem! —Comentou ele.

—Verdade.

Eu não estava prestando atenção porque eu me perguntava o que eu estava fazendo de mãos com Cassian. Realmente tenho a impressão de que ganhei seu coração, mas tenho medo de que tudo isso seja só ele sendo ele mesmo ou que quando o luto passar vou voltar a ser a garota que destruiu o castelo de cartas dele, nunca tive tanto medo de sentir algo por ele, pois estamos nos apegado e isso é ruim, muito ruim. Depois de um tempo voltamos pra onde nossos pais estavam e terminamos de curtir a praia.

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Cassian

Lili foi pra casa da Mari e eu fui me encontrar com as garotas no lugar combinado, achei que ia levar um bolo, mas elas apareceram atrasadas pediram desculpas e me abraçaram como cumprimento. Conversamos muito sobre nossas vidas, sobre como abriram a empresa delas, sobre como se apaixonaram.

—E você Cass já se apaixonou alguma vez?

—Já, mas não soube administrar o que estava sentindo e o transformei em ódio, eu acho.

— Quer nos contar como foi?

Contei tudo a elas, desde o que fiz, pensei e até mesmo sobre meu preconceito, quando terminei ambas me olhavam.

—É isso. . . se não quiserem ser minhas amigas vou entender. . .

—Sabe o que eu acho Cass? —Disse Alessa e neguei envergonhado. —Que você precisa de nós.

—Eu não quero ser um peso pra vocês, já sofreram demais e. . .

—E você como nosso amigo não vai nos fazer sofrer certo? —Nat passou a mão em meu braço.

—Certo.

—Se você não tivesse começado sua mudança não teria nos contado nada disso. —Seguiu Nat.

No fim terminamos conversando sobre Lilith o que ela tem feito por mim e tudo mais. Combinamos de nos encontrar no final de semana. Quando cheguei em casa Lili tinha acabado de chegar, contou sobre um encontro que teve com um novo amigo, mas eu não contei sobre o meu.

Durante a madruga senti como se o frio me abraça-se. Passei a mão e Lili não estava ali, o medo congelou meu peito quando a chamei e ela não respondeu. Levantei e ela estava sentada escrevendo no not dela com fones de ouvido. Esfreguei o peito aliviado. Fui ao banheiro e desci sem ela me notar, fiz duas xícaras de chá. Coloquei em sua mesa e Lili sorriu tirando os fones.

—Quer casar comigo? —Brincou ela aquecendo as mãos na xícara.

—Aceito.

A gargalhada dela soou pelo meu peito como se eu precisasse daquilo.

—O que está escrevendo?

—Tive um sonho e eu não quis perder a ideia para um novo livro.

—Pode me contar?

—Era sobre um príncipe e princesa ambos prometidos, eles não queriam casar-se pois não se conheciam, queriam casar por amor e não por uma promessa que não era deles, mas apenas seus per-espíritos se encontravam quando eles dormiam, e eles viviam aqueles encontros voando pelos reinos, no dia do casamento eles tentaram fugir a todo custo, mas tinham muitos seguranças pra impedir a fuga, então o casamento rolou e eles não se olharam quando se beijaram, mas o beijo quebrou o que os mantinha longe e eles reconheceram um ao outro e ali estava a verdade diante de seus olhos, o amor entre almas.

—Uau —Eu estava embasbacado. —Que mente brilhante Lili.

—Gostou?

—Com certeza deve escrevê-la, me prendeu de verdade.

—Que bom, eu gosto de anotar alguns sonhos. —Ela tomou mais um pouco de chá. —Já terminei aqui, ainda temos mais umas duas horas de sono.

—Vamos.

Deixei a xícara pela metade e a acompanhei. Como sempre nos deitamos alguns centímetros longe um do outro. Lili de costas pra mim.

—Caramba as mantas estão geladas. —Disse após um arrepio.

Sem falar nada cheguei mais perto passando meu braço por sua cintura e enlacei meus dedos aos dela. Lili suspirou e adormecemos.

. . .

Estava só com Lia, que preparava o almoço.

—Você está bem-querido?

—Sim, eu. . . acho que vou sair um pouco.

—Por que não espera a Lili?

—Quero fazer uma surpresa pra ela.

Lia sorriu e veio me dar um beijo na bochecha.

—Acho que vocês vão ser bons irmãos.

—É. . . acho que sim.

—Fim do mês que vem já vamos pra casa nova e cada um vai ter o seu quarto, sua privacidade.

—Eu não me importo em dividir o quarto com a Lili, mas talvez ela precise de espaço.

—Lili vê o mundo com outros olhos meu bem.

—Eu acho que gostaria de ver o mundo através dos olhos dela.

—Eu também. —Ela passou a mão pela minha bochecha. — Aproveita pra dar a sua volta, quero você aqui pro almoço.

—Está bem! —Falei sorrindo e lhe dei um beijo na bochecha.

Meu peito ficou apertado com a falta que eu sentia daquilo com a minha mãe. Comecei a cantar mentalmente pra não começar a me despedaçar novamente. Peguei minha carteira e peguei um táxi. Lembrei de uma loja de esportes radicais no centro. Comprei dois pares de roller de cores iguais, pedi pra enrolar pra presente. A tarde vou levá-la ao parque pra andarmos. Voltei pra casa. . . não era minha casa, mas eu sentia como se fosse meu lar. Quando cheguei Lili estava ao telefone com Seth.

—Para de se desculpar. . . eu sei e estou bem. . . Hoje? —Ela me olhou e eu imaginei que a estivesse convidando pra algo e lhe fiz que não aceita-se e ela sorriu. — Não vai dar Seth tenho um compromisso. . . não, nem tudo gira em torno dele, minha mãe ta chamando, te vejo amanhã, eu também.

—Espero que seu compromisso seja comigo. —Falei estendendo a sacola pra ela.

—Um presente pra mim?

—Pra nós. —Sentei ao seu lado no sofá enquanto ela desembrulhava.

—Cass!?! —Ela à começou a rir. —Não acredito.

—Acho que mereço um abraço.

Ela beijou minha bochecha e depois me abraçou.

—Quero ver você me segurar pra eu não cair. —Riu ela.

—Acho que vou ter que voltar pra academia.

—Droga Cass você vai mesmo me fazer andar?

—Vou sim, vá colocar alguma roupa que cubra seu joelho caso você caia. —Brinquei a cutucando e ela começou a rir.

Deixe eu ser seu último Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora