Deixe eu ser seu último Amor.

39

No refeitório me sentei junto de Cass, Mary, Ravi, Riller e Tarin. Os meninos se deram bem com Tarin. Cass não tirava os olhos da comida.

—Cass? —Chamei pousando minha mão em seu antebraço.

—Estou bem! —Murmurou, mas eu sei que não está.

—Sabe, estou curiosa pra saber de sua ideia pro livro. —Murmurei e seus olhos brilharam em resposta, com meio sorriso chegou pro lado e eu me levantei de sua frente e me sentei a seu lado.

— Podia começar com uma bruxa e um amor proibido por um lobisomem. —Murmurou ele para que nossos amigos não ouvissem.

—Certo —Sussurrei. — E eles entram em uma carroça e transam. . .

—Aquele vídeo só me deu a ideia. —Disse ele com a bochecha corada. É fofo vê-lo assim— Pensei em algum tipo de preconceito entre eles, tipo bruxas se acham superiores e. . .

—Por que não os lobisomens se acham superiores?

—Pode ser, aí ambos não se suportam, mas uma bruxinha encontra um filhote de lobisomem e ambos começam a brincar e. . .

—Ele a beija e depois a morde.

Falei sem pensar, eu estava expondo meu rancor enterrado. Cass não tirou os olhos dos meus então veio o desafio.

—Quer escrever sobre nós bruxinha?

—Eu. . . Desculpe Cass.

Levantei com a surpresa do sentimento errôneo que àquilo me trouxe, sai dali, eu não sei o que deu em mim, eu já o tinha perdoado, por que isso voltou à tona, por que estou deixando-o me desestabilizar novamente? Idiota, burra e estúpida. Preciso de um tempo dele. Me afastar vai ser a melhor coisa que farei. No banheiro feminino lavei o rosto transbordando sentimentos.

"Eu sou filha de Lilith, não sou costela de Adão, sou forte, guerreira e livre."

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Cassian

Lili saiu desnorteada, nem me ouviu chamá-la. Mary se sentou ao meu lado.

—O que Houve?

—Eu não sei.

Sai dali atrás de Lili. A encontrei só na saída e ela negou carona com Mary e foi embora com a senhora G. Quando cheguei em casa Lili não estava e senti falta de algumas de suas coisas. Tentei ligar pra ela, não me atendeu.

—Que droga!

—O que houve? —Perguntou Lia.

—Ah, nada de mais, onde está Lili?

—Na outra mãe dela, ela não te disse?

—Ah, sim é que me esqueci.

. . .

Sai pra espairecer com minhas amigas.

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Lilith

Estava com saudade do meu antigo quarto. Meu espelho enorme, minhas roupas. Tomei um banho e coloquei um cropped rosa neon de manga comprida de pelúcia que eu amo, uma calça moletom preta e meias arco-íris.

—Filha, Eva chegou!

—Estou indo. —Desci rindo pela ironia que seu nome me soava. Tarin já soltava minha mãe de um abraço quando cheguei ao fim da escada. Ele me sorriu e abriu os braços, me joguei neles.

—Você é sempre linda assim?

—Óbvio.

Sorrindo lhe dei um beijo e beijei sua mãe em cumprimento. Peguei sua mão e o levei pra mesa. Minha mãe veio toda feliz acompanhando Eva. Conheci um pouco mais deles e eles a mim.