Deixe eu ser seu último Amor.

38

Cassian

A dor me fez curvar e encostei na pele macia dela ao mesmo tempo que por reflexo sua mão veio parar no meu pau. Porra a dor sufocou meu gozo e eu realmente chorei de dor. 

—Melhorou? —Sussurrou ela.

—Tá passando. . .  Acho que agora sim fui devidamente punido. —Brinquei.

—Jamais desejaria dor as pessoas.

—Até as que não gosta? —Lili não aflouxou a pressão em meus dedos.

—Até elas. 

Engoli em seco, com lágrimas ainda marejando meus olhos. Lili me soltou e me sentei, fechei os olhos e as lágrimas correram, mas imediatamente Lili estava ali limpando meu rosto com suas mãos. 

—Ah, foi mau eu. .  to melada.

Segurei sua mão olhando em seus olhos enfiei seus dois dedos dentro da minha boca sentindo seu gosto. Lili corou. Passei a língua entre seus dois dedos e ela começou se afastar. Eu queria a boca dela na minha, então fui avançando, Lili deitando mantendo aqueles centímetros de distância enquanto eu a acompanhava e quando achei que alcançaria seus lábios ela girou pro lado saindo da cama levando seu pijama junto com ela o vestindo imediatamente, cobrindo seus lindos seios.

—Isso não pode mais acontecer Cassian!

—Isso o quê?

—Me beijar. . . não podemos ok?!

—Por que não?

Ela virou os olhos e foi pro banheiro sem me responder. Aquela noite sonhei com ela, com o beijo roubado no meio da floresta e o estranho é que eu era um lobisomem. Pela manhã Lili estava novamente em frente ao espelho admirando-se. Eu acho incrível sua autoestima.

—Bom dia Bruxinha.

Seu sorriso era enorme.

—Bom dia Cass.

Levantei procurando uma roupa qualquer.

—Como está sua mão?

—Bem melhor, ainda sinto uma dor como se tivesse batido. Isso é de tantos anos batendo os dedos na bola de basquete, tinha dias que eu chegava a ficar com os dedos travados quando a bola pegava mal.

—Humm. . . só tive câimbra uma vez que passei o feriado todo escrevendo.

—Falando em escrever, eu tenho uma história pra você.

—Tem é? —Entrei no banheiro. —Por que você não escreve?

—Nunca fiz isso, então vou te dar o início de seu próximo best-seller.

Kkkkkk

Sai do banheiro pronto enquanto ela ria.

—Acha que não tenho uma boa história?

—Não falei nada.

Passei por ela sem dizer nada, fingindo estar ofendido. Dei um beijo em Lia e em meu pai.

—Bom dia!

—Dormiu bem?

—Tirando a câimbra na mão estou bem sim.

—Quer ir à clínica ver isso? —Saltou meu pai.

—Não, Lili me ajudou. —Falei enquanto ela beijava os dois.

—Que bom que você a tem. —Comentou Lia.

—Falando nisso, sexta e sábado vou ficar com a mamãe.